Construir uma educação que valoriza cada sujeito em sua singularidade. Este foi o mote dos debates e diálogos promovidos durante a XI Semana de Acessibilidade e Inclusão e a III Semana Acadêmica de Educação Especial da UNIFEBE. O evento, realizado entre os dias 18 e 22 de agosto, discuriu com a comunidade acadêmica a importância da acessibilidade e da inclusão em todo o processo de aprendizagem.
Ao longo dos cinco dias de programação, quem passou pelo Átrio do Bloco A, no campus Santa Terezinha, pôde conferir os frutos da campanha Inclusão em Ação, desenvolvida pelo curso de Educação Especial no primeiro semestre letivo de 2025. Nas telas virtuais, fotos e vídeos revelavam o impacto da solidariedade em prol de organizações que atendem pessoas com deficiência. No local também estavam expostos os trabalhos desenvolvidos pelos acadêmicos de Educação Especial no Projeto Acadêmico Interdisciplinar (PAI), orientado pelo professor Guilherme Hilário Lopes, além dos trabalhos de alunos atendidos no AEE da Escola de Ensino Fundamental Profa. Augusta Dutra de Souza, desenvolvidos com o professor Marcelo da Silva Gomes. “A exposição destacou os talentos dos alunos, público-alvo da Educação Especial, que costumam sofrer com o capacitismo e, por isso, se sentem diminuídos frente aos desafios que enfrentam por sua condição diferenciada. Mas quando suas habilidades, são vistas, são valorizadas, esses indivíduos tornam-se protagonistas de suas experiências e têm sua autoestima elevada, desenvolvendo um sentimento de pertencimento”, enaltece o professor Marcelo.
Nesta edição do evento, revela a coordenadora do curso, professora Raquel Maria Pedroso, a programação focou na formação profissional dos futuros licenciados em Educação Especial. Nesse sentido, os estudantes puderam prestigiar o lançamento do livro infantil “Meu colega autista”, participar de palestras e rodas de conversa sobre Tecnologias Assistivas na Educação Especial e sobre intervenções colaborativas entre família, escola e serviços especializados para crianças e adolescentes com TEA.
O papel do esporte na inclusão de pessoas com deficiência física também foi um dos temas apresentados por meio das histórias dos atletas de basquete em cadeira de rodas. “Finalizamos a III Semana Acadêmica do Curso de Educação Especial da UNIFEBE, celebrando o aniversário do curso e o Dia do Profissional de Educação Especial, com uma roda de conversa inspiradora sobre práticas inovadoras com materiais ecológicos e recicláveis, desenvolvidas pelos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Foi uma troca muito rica, e que, com certeza, transformou ainda mais o olhar dos nossos futuros professores de Educação Especial”, destaca a coordenadora.
As abordagens e recursos apresentados tornaram a programação uma experiência repleta de novos aprendizados, avalia Marlon Diettrich, acadêmico da 7.ª fase de Educação Especial. “Fiquei especialmente tocado com a apresentação do livro infantil, que mostrou como é possível abordar o TEA de forma lúdica com as crianças. A mesa-redonda reforçou a importância da parceria entre família, escola e serviços especializados no processo inclusivo. Já a palestra sobre tecnologias assistivas ampliou minha visão prática sobre recursos que realmente fazem a diferença. Um dos momentos mais inspiradores foi a roda de conversa com o atleta de basquete em cadeira de rodas, que mostrou, no esporte, um verdadeiro exemplo de superação e desenvolvimento. Para complementar a programação, as práticas criativas de professores, utilizando materiais recicláveis, deixaram uma mensagem de inspiração e motivação para todos nós”, avalia o acadêmico.
Os eventos
Organizados pelo Comitê de Acessibilidade e Inclusão da UNIFEBE, em parceria com a coordenação do curso de Educação Especial, os eventos instigam a comunidade acadêmica a refletir sobre o compromisso e o respeito aos direitos das pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e necessidades especiais. O intuito é debater as temáticas e contribuir para eliminar barreiras, principalmente as barreiras atitudinais, como o preconceito e a discriminação.
“Proporcionamos um espaço de diálogo e reflexão sobre a relevância da acessibilidade e da inclusão no processo de aprendizagem, destacando a centralidade do Atendimento Educacional Especializado (AEE), e o engajamento de pedagogos, psicólogos e famílias na construção de práticas educativas inovadoras e acessíveis. Ações que fortalecem a formação docente e a consolidação de uma educação mais justa e humana. Que possamos levar deste encontro não apenas conhecimento, mas também a convicção de que, juntos, universidade, profissionais, estudantes e famílias, somos capazes de transformar realidades e construir uma educação humanizada e solidária”, complementa a presidente do Comitê de Acessibilidade e Inclusão da UNIFEBE, Quésia Cabral Martins.
Confira as fotos da programação: