Compreender o papel e as implicações da educação financeira no orçamento pessoal e familiar foi o objetivo da Curricularização da Extensão do curso de Ciências Contábeis da UNIFEBE, neste semestre. Os acadêmicos tiveram que analisar vantagens e desvantagens da prática de educação financeira e do planejamento financeiro, verificar o conhecimento da comunidade sobre o tema, realizar entrevistas com a comunidade na qual a UNIFEBE está inserida e propor um modelo de planilha para planejamento e controle financeiro pessoal.
De acordo com o professor Antônio Carlos Schlindwein, coordenador do curso, a realização da atividade origina-se da dificuldade de a população em geral em organizar sua vida financeira, definindo seus objetivos de curto e longo prazos, planejando seus gastos e retendo economias de acordo com suas receitas. “Para o curso, o projeto justifica-se na medida em que busca trazer mais informações sobre a educação financeira pessoal aos seus estudantes, podendo ser um difusor no seu meio de convívio e na sociedade”, detalha o professor Antônio Carlos.
Os estudantes realizaram a apresentação de uma proposta de planilha de orçamento familiar elaborada pelo professor Luiz Pedro Benvenutti. Cada aluno ficou responsável pela apresentação para três famílias de suas comunidades. Foram realizadas, cerca de 190 apresentações. A acadêmica Ariane Dalprá afirma que o projeto conseguiu levar às pessoas da comunidade uma maneira de planejar e executar seu orçamento familiar. Entretanto, pôde perceber que é algo que ainda não faz parte da rotina de muitas famílias. “A atividade foi muito bem executada e aceita pelos entrevistados, com bastante êxito em nosso objetivo de fazer com que as pessoas se interessassem mais por esse assunto. De alguma forma, conseguimos ajudá-los”, celebra Ariane.
Curricularização da Extensão
Constituída por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.
De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo. As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou a ser implantada pela UNIFEBE no primeiro semestre de 2020, com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Neste semestre, estudantes da 1ª e 3ª fase participaram das intervenções.
O pró-reitor de Graduação e de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura interino da UNIFEBE, professor Sidnei Gripa, explica que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes, promovendo intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.
Por meio de projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, a Curricularização da Extensão articula ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “O estudante contribui com a comunidade por meio de atividades relacionadas à sua formação universitária, oportunizando assim um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, destaca Gripa.
As atividades desenvolvidas presencialmente, neste semestre, seguiram todos os protocolos de segurança em saúde.