A equipe responsável por abordar o Basquete para Cadeirantes convidou atletas da APEDEB – Associação das Pessoas Deficientes de Brusque para participarem do Seminário. Como não foi possível a participação de todo o time, alguns estudantes puderam experimentar a cadeira de rodas adaptada para a prática de basquete durante uma partida de exibição.
"Tive muita dificuldade para jogar, pois não tenho coordenação com a cadeira de rodas e senti muita dor nos dedos, foi uma sensação bem diferente. Eles estão de parabéns pela força de vontade e pela habilidade que desenvolveram", afirmou a estudante, Jucélia Henke dos Santos, que participou da partida.
O acadêmico Cristiano Hingst explica a modalidade adaptada em cadeira de rodas surgiu por volta de 1945, com a participação de remanescentes da 2ª Guerra Mundial. "As regras do basquete para cadeirantes é basicamente a mesma que já conhecemos. Um dos diferenciais é a classificação dos atletas de acordo com nível de deficiência que possui, numa escala de 1 a 4,5. Somando a classificação dos atletas em quadra o time não pode ultrapassar 14, para garantir o equilíbrio da partida", resume.
Depois da partida os atletas da APEDEB participaram de um bate-papo com os estudantes. O presidente da Associação, Alencar José Wilbert, contou sobre o começo da equipe e as competições que já participaram. "A maioria de nós é vitima de acidente de moto, já tínhamos um gosto pelo esporte, então tudo começou com uma brincadeira até que percebemos que poderíamos levar a sério e treinar para competir", contou o atleta e presidente da APEDEB, Alencar José Wilbert.
A equipe disputou competições como a Copa Santa Catarina e o Campeonato Catarinense, sob o comando do técnico Gustavo Josende Caetano. Segundo Alencar, a maioria dos atletas não usa a cadeira de rodas diariamente, pois se locomovem com próteses ou muletas. "Quando estamos em quadra nossos braços representam as pernas, então é preciso ter agilidade".
A acadêmica Lilian Cipriani destacou a agilidade como diferencial do time: "Eles jogam com tanta intensidade que não percebemos dificuldade nos movimentos, a agilidade que eles têm para armar as jogadas nos chama a atenção". Para o professor Olavo a atividade atendeu a proposta de forma positiva: "É sempre válido este contato entre os acadêmicos e a comunidade, também é uma forma de divulgar o trabalho de uma equipe local e mostrar o basquete como uma possibilidade de readaptação", avaliou.
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
Texto: Lisiane Moraes