Cerca de 500 pessoas contribuíram na Campanha de Doação de Medula Óssea realizada nesta terça-feira (29), no Bloco A da Unifebe – Centro Universitário de Brusque no bairro Santa Terezinha. Durante todo o dia, cidadãos brusquenses e da região deixaram amostras de sangue para o teste de compatibilidade, no intuito de encontrar um doador para o brusquense Gabriel Montibeller que sofre de leucemia, podendo ainda auxiliar pessoas de todo o país.
O policial militar Bruno Gabriel de Godoy veio atualizar os dados no Registro, pois já tinha deixado amostra de sangue, quando participou da Campanha em prol do garoto Matheus. "Temos esperança de que encontrem um doador compatível para o Gabriel. Tivemos um incentivo do comando para que todos os policiais participassem".
Já a técnica em Coleta do Laboratório Municipal da Secretaria de Saúde de Brusque, Nádia R. de Carvalho, que trabalhou na coleta como voluntária, ressalta que ainda é necessária uma conscientização. Ela acredita que ainda há muitos tabus em torno dos testes de compatibilidade, mas esclarece que é tudo muito simples.
Houve ainda quem compareceu em família como Marulene Joungbluth e as filhas Ana Carlina Muniz e Bruna Muniz. "Que bom seria se através de uma coisa tão simples pudéssemos salvar uma vida", disse a mãe depois de coletar amostra de sangue.
As amostras coletadas serão comparadas com as informações do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME) para que se verifique a existência de compatibilidades. Estima-se que em aproximadamente um mês saia o resultado dos testes realizados em Brusque.
Entre irmãos a possibilidade de encontrar um doador é de 20 a 30%, mas na população em geral a chance é de 1 em 100mil. A assistente social do Hemosc Diná Pinheiro explica que por mais que estas possibilidades sejam pequenas é fundamental que as pessoas participem de campanhas, efetuem e atualizem o cadastro. "Cada amostra tem a sua importância, quanto mais gente cadastrada maior a possibilidade de se encontrar um doador", completa.
De acordo com Diná, até o momento, em Santa Catarina cerca de 60 mil pessoas já estão cadastradas no REDOME. No Brasil passa de 1 milhão de cadastrados. Inclusive, em maio deste ano foi assinado um convênio que permite que o Brasil receba doações do exterior e que também doe em outros países. A assistente social explica que os EUA é o país com maior número de cadastrados, seguido da Alemanha e em terceiro, o Brasil. Em relação à lista de pacientes na fila de espera pelo transplante, os números mudam diariamente, mas hoje está em aproximadamente 100 pessoas.
Osni de Amorim, padrinho de Gabriel, egresso do curso de Gestão Empresarial da Unifebe e um dos idealizadores da campanha, acompanhou os procedimentos juntamente com o pai de Gabriel. Familiares também estiveram presentes, colaboraram e seguem esperançosos na expectativa de encontrar alguém compatível, que possa salvar a vida do garoto. O menino de 12 anos sofre de leucemia desde os sete anos de idade. Após vários tratamentos chegou-se a pensar que ele estivesse curado, mas neste ano a doença reincidiu. Desde então, o garoto passa duas semanas por mês em um hospital em Florianópolis, onde faz o tratamento de quimioterapia e não pôde comparecer na Unifebe hoje, pois está com a imunidade muito baixa.
A Campanha de Doação de Medula Óssea é uma realização do Hemosc – Centro de Hematologia e Hematoterapia de Santa Catarina, com o apoio da Secretaria da Saúde de Brusque e da Unifebe.
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
Texto: Natália Uriarte Vieira