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21 de maio de 2010

Debate sobre a Intolerância atrai público acadêmico e externo

O debate sobre a Intolerância e os Direitos Homoafetivos realizado no dia 20, quinta-feira, pelo curso de Direito da Unifebe, através do Núcleo de Prática Jurídica, reuniu representantes da comunidade acadêmica e externa no Auditório do Bloco C do campus. O tema despertou interesse do público, que participou efetivamente da discussão.

A abertura do evento foi realizada pelos acadêmicos José Eduardo Iorio, Ricardo Henrique Hoffmann, Jadson Poleza e Aline Gohr, da 8ª fase de Direito, que apresentaram uma petição inicial de uma ação de indenização por danos morais, com base no filme Filadélfia.

Em seguida, o professor e idealizador do evento, professor Ricardo Vianna Hoffmann, destacou ser fundamental debater o preconceito e a intolerância contra o ser humano. Ele ponderou: "Toda discussão que tem como tema a sexualidade, gera inquietações e desassossegos. Porém, não enfrentá-los será sempre uma forma de exclusão. Desejo que este debate sirva para refletirmos sobre a diversidade sexual existente na sociedade e que a tolerância seja a nossa prática".

A coordenadora do curso de Direito, Thaís Vandresen, abriu a mesa de debates como mediadora, salientando: "A sociedade, devido ao seu preconceito e discriminação, ainda não avançou o suficiente para dar respostas a todas as questões relacionadas ao respeito ao próximo e à defesa dos direitos humanos. Proporcionar bem estar à família, às pessoas que compõem esta sociedade plural, significa acima de tudo: aprender a tolerar o direito e as escolhas de quem quer que seja".

O tema proposto foi discutido pelos debatedores: Douglas Leoni, representante da comunidade, Antônio Clóvis Gartner, professor e psicólogo, Claudinei Eugênio Ribeiro, professor e filósofo, Fernando José Taques, sociólogo, e Anna Lúcia Mattoso Camargo, professora e advogada.

Leoni falou que a única forma de mudar o país diante do preconceito é através das leis. Ele destacou que o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) está crescendo muito no país como forma de organização e luta pela garantia dos direitos aos que optaram pelas relações homoafetivas. Ele adverte que a sociedade precisa aceitar e conviver com as diferenças.

Já o professor Clóvis Gartner falou que a homossexualidade, dentro da área de psicologia, já passou por várias mudanças conceituais. Ele afirmou que hoje, a Organização Mundial de Saúde trata a homossexualidade como uma opção sexual. Segundo ele, é na adolescência que se estabelece a opção sexual. Gartner salientou que a inclusão não deve ser restrita aos deficientes, ela deve abranger os diferentes.

Eugênio Ribeiro falou das posições contraditórias entre as religiões, a Filosofia e seus seguidores, em relação ao homossexualismo. Para ele, independente das crenças e ideologias, é importante que todos primem pelo respeito mútuo.

De acordo com a advogada Anna Lúcia, o Brasil é considerado um dos países mais atrasados na aceitação de direitos e deveres dos pares homoafetivos. Segundo ela, isso acontece porque o legislador ainda tem medo em regularizar a legislação devido à reprovação da sociedade. Em contrapartida, ela defende que já existe um número significativo de conquistas e reconhecimento de direitos e que o país vem avançando neste sentido.

Por fim, o sociólogo acrescentou que já existem países que proporcionam garantia e igualdade de direitos aos casais homoafetivos. No entanto, ele afirma que ainda são poucos. Taques acredita que a grande questão que interessa à sociologia, neste momento, é a superação do preconceito, da violência física e psicológica e da garantia dos direitos humanos de forma igualitária.

Fotos: http://www.unifebe.edu.br/galerias/galeria.php?id=670

Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
Texto: Natália Uriarte Vieira

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