Para debater assuntos que contribuam para a mitigação dos impactos provenientes dos desastres hidrológicos na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí, foi realizada nesta terça-feira, 14 de agosto, a abertura do 11º Fórum Permanente de Prevenção aos Riscos de Desastres na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí.
O evento, que nesta edição tem como tema “Terraplanagem x Desastres: Boas práticas auxiliam na mitigação de impactos”, é realizado pelo Comitê do Itajaí, Fundação Piava e pela Universidade Regional de Blumenau (Furb), com o apoio do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE.
A abertura foi realizada na Sociedade Esportiva Bandeirante com a mesa-redonda “Controle de Terraplanagem e Prevenção de Riscos: Implicações e Responsabilidades” que contou com a participação dos debatedores Rodrigo Cunha Amorim, Simone Gomes Tralesky, Ivan Burgonovo, Cheila da Silva dos Passos Carneiro, Cristiano Olinger e Kátia Ragnini Scherer.
Prevenção
A assessora jurídica do Fórum, doutora Noêmia Bohn, explica que o evento foi criado em 2012, com o objetivo de promover o diálogo entre a academia e a comunidade para debater temas que fossem relevantes para a prevenção e mitigação de riscos de desastres.
— Desde então, o fórum tem trazido temas debatidos dentro do meio acadêmico e traz um pouco do que está sendo produzido no meio cientifico para a comunidade. Hoje, o nosso objetivo é divulgar essa ideia e estimular os alunos que estão começando a também se preocuparem com esse tema – destaca.
Para o presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais – ACAFE e reitor da UNIFEBE, professor doutor Günther Lother Pertschy, o assunto é muito importante para toda a região que faz parte da Bacia do Rio Itajaí-Mirim.
— Todos os que acompanham o rio Itajaí-Mirim sabem o quanto é importante debatermos a questão da terraplenagem, de trazermos soluções que minimizem a questão da natureza e dos efeitos que uma obra mal elaborada pode ocasionar. Estamos muito satisfeitos em sediar mais um fórum, e cumprir nosso papel de universitária comunitária — destaca Pertschy.
Segundo o presidente do Comitê da Bacia do Itajaí, Cleber Andrei Seemann Stassun, a participação da academia é fundamental para o processo de transformação para a mitigação de desastres.
— Tem muita coisa a ser feita na Bacia Hidrográfica como um todo, precisamos que os municípios caminhem juntos com questão de políticas consistentes, principalmente na questão do uso do solo, então o evento de hoje é fundamental para que possamos oferecer aos municípios subsídios para que elaborem suas políticas e leis. Trabalho tem muito a feito e o tamanho do desafio que temos pela frente é o tamanho dos desastres que nós temos nos últimos anos e ao longo de muitos anos na Bacia Hidrográfica — afirma.
Programação
Na quarta-feira, 15, a programação continua com as seguintes palestras: Utilização da Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização Aplicada à Gestão do Território” apresentada por Kátia Canil (UFABC), “Terraplanagem: o Patinho Feio da Geotecnia Brasileira” apresentada pelo Álvaro Rodrigues dos Santos (IPTSP) e “Impacto do Uso e Ocupação de Encostas e Obras de Terraplanagem na Potencialização do Desastre” ministrada por Rafael Higashi (UFSC).
O encerramento terá oficinas sobre a “Utilização da Carta Geotécnica de Aptidão à Urbanização Aplicada à Gestão do Território” e “Impacto do Uso e Ocupação de Encostas e Obras na Terraplanagem na Potencialização de Desastres: Análise de Casos Práticos” e ainda uma saída técnica para visualizar as Práticas de Terraplanagem pela cidade de Brusque.