notícias colégio
Notícias
27 de julho de 2020
por: Olga Luisa dos Santos
Olga Luisa dos Santos

Fotos de Brusque durante a quarentena são transformadas em cartões postais

Materiais produzidos pelos acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo, Design de Moda, Design Gráfico e Publicidade e Propaganda da UNIFEBE expressam formas de olhar a cidade.

As janelas dos apartamentos ou os quintais de casas emolduram um novo olhar sobre Brusque durante a quarenta. As fotos transformadas em cartões postais são resultado do projeto Cidade Invisível, desenvolvido com os estudantes da 1ª fase de Arquitetura e Urbanismo, Design de Moda, Design Gráfico e Publicidade e Propaganda da UNIFEBE.

Olhar a cidade sobre várias óticas foi o objetivo do trabalho realizado com os acadêmicos, que utilizaram como referência As Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino. Na obra, a cidade ultrapassa seu conceito geográfico e se mostra com signos complexos e inesgotáveis da existência e do olhar humano.

A partir das várias cidades abordadas por Calvino, os estudantes pesquisaram sobre Brusque, e entrevistaram alguns moradores. “Para representar essa relação entre o livro e os relatos, eles foram instigados a buscar imagens que representassem todo esse conceito de que uma mesma cidade pode ser vista de várias formas”, explica a professora coordenadora do projeto, professora Silvia Teske.

Com as fotos prontas, os estudantes precisaram usar sua imaginação para transformar essas imagens em cartões postais. Todo esse processo criativo inspirou Diego Martins, acadêmico da 1ª fase de Design Gráfico, a ter uma visão diferente do cotidiano. “Na correria do dia a dia, não paramos pra enxergar o lugar onde vivemos, e a beleza está nessas peculiaridades que geralmente passam sem perceber”, complementa Diego.

O coordenador de Publicidade e Propaganda, professor Thiago Santos, salienta que a atividade fez com que os alunos pensassem por um viés crítico, científico e cultural. “Os aspectos abordados no livro e retratados pelo projeto possibilitou aos alunos se questionarem, indagarem o sistema em que estão inseridos e a representação da cidade em que residem”, enfatiza Thiago.

Criatividade
E foi essa forma de pensar que estimulou o senso criativo dos estudantes. “Fazer os cartões postais, por meio dessa forma de olhar para a cidade apurou nossa criatividade e nos fez rever valores diante deste momento que estamos vivendo”, ressalta Leandro Dell Agnolo, acadêmico da 1ª fase de Arquitetura e Urbanismo.

Para a acadêmica de Design de Moda, Eduarda de Souza, não foi diferente. “O tema Cidades Invisíveis não é compreensível logo de primeira, mas com estudo você entende que elas existem e estão nos pequenos detalhes, como arranhões e fissuras de uma janela”, frisa Eduarda.

O projeto foi desenvolvido com os cursos criativos da instituição, com o intuito de proporcionar aos alunos esse contato com as várias áreas da criatividade. De acordo com o coordenador de Design de Moda da UNIFEBE, professor Wallace Nobrega Lopo, a criatividade é pré-requisito no mercado de trabalho. “Logo no primeiro semestre buscamos instigar o lado criativo dos estudantes. É muito importante que ele saiba trabalhar com os anseios da sociedade, levando em consideração a situação atual e trazendo um diferencial para o serviço ou produto”, destaca Wallace.

Anah Carolina Nascimento Ribeiro é acadêmica de Publicidade e Propaganda e no seu trabalho, comparou Brusque a cidade de Olinda, descrita no livro de Calvino. “Foi difícil achar semelhanças no primeiro momento, mas foi incrível quando consegui encontrá-las. É nesse sentido que acho tão importante para a minha formação, exercitarmos essa habilidade de fazer conexões do mundo intangível com o real”, frisa Anah.

Mercado de trabalho e sociedade

O coordenador de Design Gráfico, professor Robson Souza dos Santos, enfatiza que em projetos como esse os acadêmicos têm a oportunidade de se envolver com a comunidade e o mercado de trabalho. “O aluno passa a ter uma ideia do que será sua profissão e do seu papel na sociedade, e por meio dessas atividades, conseguimos envolver a pesquisa científica em prol da comunidade”, pontua Robson.

Para o coordenador de Arquitetura e Urbanismo, professor Marcelius Aguilar, o contato com a comunidade logo no primeiro semestre da Graduação é um diferencial. “O estudante precisa criar a partir da sua vivência e do que vê ao seu redor, por isso, é tão importante que ele compartilhe seus anseios e conhecimentos com a sociedade”, destaca Marcelius.

Após a quarentena, os cartões postais criados pelos estudantes serão impressos e distribuídos pela cidade e nas escolas municipais de Brusque.

Curricularização da Extensão

O projeto desenvolvido pelos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design de Moda, Design Gráfico e Publicidade e Propaganda faz parte da Curricularização da Extensão. Constituído por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.

De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo.

A pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, professora Edineia da Silva, e o pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, explicam que o objetivo da Curricularização da Extensão é estimular a formação cidadã dos estudantes de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico, articulando ensino, extensão e pesquisa.

“O intuito é promover intervenções, por meio de projetos, programas, cursos e oficinas, eventos e até prestação de serviços, que envolvam diretamente o estudante com a comunidade externa. Essas ações precisam estar vinculadas à formação do aluno e devem viabilizar um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, salienta Edineia.

As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou neste semestre a ser implantada pela UNIFEBE, que aplicou com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Durante a pandemia do novo coronavírus os trabalhos foram desenvolvidos via take-home, método de ensino adotado com êxito pela instituição.

Fale Conosco / Assessoria de Comunicação Social:

comunicacao.assessor@unifebe.edu.br / 47 3211-7223

Postagens relacionadas

Mais de 60 títulos foram compartilhados na Feira de Troca de Livros UNIFEBE
Destaque

Mais de 60 títulos foram compartilhados na Feira de Troca de Livros UNIFEBE


25 de agosto de 2022
Ministério da Educação adia a realização das provas do ENEM

Ministério da Educação adia a realização das provas do ENEM


01 de outubro de 2009
Professora da Unifebe participa de capacitação do MEC

Professora da Unifebe participa de capacitação do MEC


29 de janeiro de 2007
Skip to content