Um dos cursos de Pós-Graduação com maior continuidade da UNIFEBE, o MBA em Gestão da Cadeia Têxtil, chegou à sua oitava turma como uma referência de atualização e capacitação sobre o setor na região. Nesta edição, só de uma empresa têxtil de Agrolândia são cinco matriculados.
O grupo é composto por colegas de trabalho, na Multicolor Têxtil. Entre eles está Karine Teixeira de Oliveira, que conta com formação técnica na área têxtil e em Gestão Comercial. Ela afirma investir no MBA, como uma forma de qualificar os conhecimentos no setor.
“A disponibilidade de cada um veio do interesse em se aperfeiçoar, adquirir conhecimento e poder estar dentro de uma sala de aula com tempo adequado para tirar as dúvidas e aprender”, descreve a profissional que, hoje, atua na área comercial.
Na avaliação dela, a grade curricular, o contato e a possibilidade de aprender mais sobre o contexto das diferentes empresas da região com as visitas técnicas foram atrativos que motivaram o grupo. A qualificação e a experiência dos professores foram outras características que estimularam os colegas a superarem os cerca de 137 quilômetros entre as duas cidades.
Especializado
Durante a aula inaugural da turma, a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, professora Edinéia Pereira da Silva, reforçou a dedicação da equipe na garantia da qualidade na formação. Mostra disso são as recorrentes publicações em congressos, revistas e periódicos especializados, como em 2020, 2021 e 2023.
O coordenador do curso, professor Wallace Nóbrega Lopo, lembra que a primeira turma do MBA em Gestão da Cadeia Têxtil foi criada ainda em 2009, com os primeiros alunos se formando no ano seguinte. Desde 2015, a formação conta com turmas contínuas e, segundo o coordenador, com uma procura de diferentes regiões do país.
“Já tivemos procura de estados como Ceará, Rio Grande do Norte, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, que atuam na indústria têxtil, encontraram informações sobre o curso e alguns chegaram a se inscrever, sem ver que era um curso presencial”, relembra. Hoje, além de acadêmicos de Santa Catarina também há estudantes de estados como Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso. Segundo ele, as características do setor na região e o formato adotado para o curso são vistos como diferenciais.
Na avaliação do coordenador, além da qualificação dos professores, as possibilidades de interação com diferentes empresas locais também se destacam. “A região favorece bastante a procura, por ser um polo têxtil muito forte. Outra vantagem é que é o único curso de especialização de área têxtil do Brasil, específico da área têxtil. Existem outros ligados à área de confecção, indústria 4.0, mas o nosso é específico da área têxtil, que abrange todo o processo industrial e produtivo”, descreve.
Demanda por qualificação
Para o diretor da Multicolor Têxtil, de Agrolândia, Carlos Cid Cunha, o fato de cinco colaboradores da empresa estarem no curso é uma marca. Esta é a primeira vez que a empresa tem o número de profissionais em um mesmo MBA. “Gratificante demais ter uma equipe que compre conosco a ideia de evoluir sempre”, relata.
Segundo ele, a evolução e qualificação contínua da equipe são preocupações recorrentes. “A Multicolor vem incentivando toda a sua equipe a evoluir profissionalmente. Apresentamos oportunidades e criamos desafios. Em vários momentos tivemos profissionais sendo qualificados em diversas áreas, tanto técnicas quanto de gestão. Trazemos capacitações específicas para aperfeiçoamento técnico e temos treinamos da nossa equipe na área de gestão”, descreve.
De acordo com a gerente comercial, Muriel Cunha, o cenário de mão de obra especializada na cadeia têxtil é de escassez. Além da limitação, cita a disponibilidade e a localização da empresa como pontos que dificultam a disputa por colaboradores com esse perfil.
“Por estarmos geograficamente um pouco mais distantes de Brusque, infelizmente não temos na nossa equipe alguém que já tenha se formado neste curso na UNIFEBE, porém temos acompanhado a universidade há algum tempo e somos conhecedores da equipe docente desse MBA e da boa qualificação das turmas anteriores”, afirma.
Muriel projeta que a participação dos funcionários na formação contribua para que a empresa consiga manter-se em evolução quanto aos serviços prestados. “Nossa expectativa é que esses profissionais encontrem nesse MBA uma maneira de estarem ainda mais preparados para as constantes evoluções dentro de toda a cadeia têxtil”, indica.
