Os acadêmicos de Administração, Ciências Contábeis, Gestão Comercial, Processos Gerenciais e Sistemas de Informação estão desenvolvendo um site para auxiliar os museus de Brusque na captação de recursos financeiros. A atividade de extensão, que envolve os alunos das 1ªs fases, tem como propósito a criação de uma plataforma para que de forma prática, ágil e segura, a população conheça os procedimentos necessários para contribuir com o Museu Histórico do Vale do Itajaí-Mirim (Casa de Brusque), Museu Arquidiocesano Dom Joaquim (Azambuja) e Instituto Aldo Krieger.
De acordo com o coordenador dos cursos de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais, professor Günther Lother Pertschy, o objetivo é gerar uma sustentabilidade para os museus locais. Nesse sentido, com a orientação dos professores, os acadêmicos buscaram informações de onde vêm essas fontes de recursos destinadas às leis de incentivo e compilaram em um site.
Joice Krenkel, acadêmica da 1ª fase de Administração descobriu, por meio do projeto, uma forma de ajudar a cultura de Brusque e região. “No desenvolvimento do projeto foi possível estabelecer relações com nosso curso, pois ajudamos a gerir melhor a organização e, de certa forma, auxiliar essas organizações com nossos conhecimentos”, comenta Joice.
Enquanto os estudantes de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais buscaram e identificaram as fontes de incentivos/recursos, os acadêmicos de Ciências Contábeis apresentaram, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, como é destinado o Imposto de Renda de Pessoa Física ou Jurídica para essas entidades culturais.
“Aprendemos sobre os cálculos utilizados no Imposto de Renda e sobre os setores que atuam na Lei de Incentivo à Cultura. Mas uma das maiores lições dessa atividade é a importância de valorizarmos a nossa cultura e todos os profissionais envolvidos”, destaca Guilherme Eltermann, acadêmico da 1ª fase de Ciências Contábeis.
A partir dessas informações e utilizando as tecnologias de programação e design estudadas na disciplina de Desenvolvimento Web, os estudantes de Sistemas de Informação desenvolveram portais para disponibilizar os dados à comunidade. “Ele teve início neste semestre, mas a ideia é que a próxima turma continue aprimorando e implantando o projeto”, enfatiza o professor Günther Lother Pertschy.
Para o coordenador de Administração, Gestão Comercial e Processos Gerenciais, a atividade contribuiu para que os acadêmicos tenham uma formação mais ampla e humanista. “Ele se sente parte de uma comunidade que mantém preservada a sua história e a sua cultura”, salienta Günther.
Atuação Profissional
O contato com a área de atuação logo no primeiro semestre do curso também é um aspecto apontado pelo coordenador de Ciências Contábeis, professor Edilson Padilha. “Essa proximidade com a prática e a interação com os outros cursos, possibilita que o estudante tenha uma visão mais realística de como será sua atuação no mercado de trabalho”, complementa Edilson.
A proposta de utilizar os conhecimentos em prol da sociedade tem instigado os estudantes. “Nos dá uma grande satisfação ter a possibilidade de aplicar o que aprendemos para ajudar. O site acaba sendo uma ponte entre os museus e a população em geral que queira contribuir”, enfatiza a acadêmica da 1ª fase de Sistemas de Informação, Elizane da Conceição.
O coordenador de Sistemas de Informação, professor Roberto Heinzle, lembra que além de conhecer a riqueza dos museus de Brusque, os estudantes puderam aplicar seus conhecimentos sobre as tecnologias de programação e design de sites. “São em atividades como essa que a universidade atua na formação de profissionais mais conscientes e preparados para o mercado atual”, pontua Roberto.
A junção dos portais criados em único site deve ser finalizada neste semestre pelos acadêmicos. O site com todas as informações será divulgado pela UNIFEBE e pelos museus beneficiados com a iniciativa.
Curricularização da Extensão
A atividade desenvolvida pelos cursos de Administração, Ciências Contábeis, Gestão Comercial, Processos Gerenciais e Sistemas de Informação faz parte da Curricularização da Extensão. Constituído por meio da Resolução nº 7, de 18 de dezembro de 2018, pelo Ministério da Educação Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior, o documento que estabelece as Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira, regimenta o disposto na Meta 12.7 da Lei nº 13.005/2014, que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE 2014- 2024.
De acordo com a resolução, a Extensão deve se integrar à matriz curricular dos cursos e promover a interação entre as instituições de ensino e a sociedade, por meio da troca de conhecimentos, cultura e diálogo.
A pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura, professora Edineia da Silva, e o pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, explicam que o objetivo da Curricularização da Extensão é estimular a formação cidadã dos estudantes de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico, articulando ensino, extensão e pesquisa.
“O intuito é promover intervenções, por meio de projetos, programas, cursos e oficinas, eventos e até prestação de serviços, que envolvam diretamente o estudante com a comunidade externa. Essas ações precisam estar vinculadas à formação do aluno e devem viabilizar um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, salienta Edineia.
As atividades devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária curricular. Essa determinação começou neste semestre a ser implantada pela UNIFEBE, que aplicou com as primeiras fases de todos os cursos de Graduação. Durante a pandemia do novo coronavírus os trabalhos foram desenvolvidos via take-home, método de ensino adotado com êxito pela instituição.
