Durante a I Semana de Literatura Infantil, realizada de 14 a 20 deste mês, várias ações foram deflagradas em todo município. No Centro Universitário de Brusque – Unifebe, a noite de terça-feira, 19 de abril, foi a escolhida pelos acadêmicos do curso de Pedagogia para incentivar a leitura entre as crianças e lembrar o aniversário do maior escritor brasileiro de literatura infantil: Monteiro Lobato. Se estivesse vivo, Lobato teria completado no último dia 18, 129 anos.
Um dos mais influentes escritores do século XX, Lobato destacou-se pela produção de várias obras, tendo seus personagens ganho vida no seriado de TV "Sítio do Picapau Amarelo". Foi essa uma das histórias que as crianças ouviram no Átrio do Bloco A da Unifebe, campus Santa Terezinha. Famosos personagens, como Emília, Narizinho, Marquês de Rabicó, entre outros do Sítio, foram representados por meio das fantasias das crianças, da voz dos universitários e pelo professor da Escola Municipal Theodoro Becker, Adriano Zancanaro.
As crianças foram convidadas a fechar os olhos e imaginar o que estava sendo contado. "Trabalhar com as crianças é envolver a alma, a imaginação e o lúdico. A literatura infantil faz a criança viajar na leitura", explica a coordenadora do curso de Pedagogia da Unifebe, Ivanete Lago Groh.
Entre o público, leitores
Estudantes da rede pública de ensino, como da Escola de Ensino Fundamental Professora Augusta Knorring, estiveram presentes no evento. Outras crianças foram trazidas até a Instituição pelos seus familiares. Elas participaram das brincadeiras, ouviram histórias e puderam conhecer o acervo da Biblioteca Infantil da Instituição.
Leonardo Maciel Souza, 13 anos, disse que adora Monteiro Lobato. "Tenho vários livros dele. Gosto muito de ler", contou. Sua mãe, Marilene, confirma. "Esses dias ele pediu mais livros. Eu incentivo bastante a leitura em casa", afirmou.
O garoto não reflete a realidade brasileira, apontada por uma pesquisa do Movimento Todos Pela Educação. O levantamento revela que 40% dos jovens na faixa etária de 15 anos não possuem livros ou têm no máximo dez em casa. A pesquisa realizada em 2010 em 64 países mostrou que o Brasil tem os estudantes que menos leem.
Para a professora da disciplina Literatura Infantil, Rosana Paza, um dos objetivos da atividade foi despertar o interesse pela leitura, mostrar que a literatura infantil está viva e auxiliar na alteração desses números que deixam os estudantes brasileiros no topo do rancking dos que menos leem. "Mostramos para os acadêmicos que eles têm o potencial de trabalhar com as crianças. E para elas mostramos que o livro nos faz viajar. Sem eles não temos tanto conhecimento", frisou.
A acadêmica da 5ª fase, Karina Machado, contou a história "Formiguinha e a Neve". Utilizou figuras coladas em um quadro à medida que o conto avançava. Para Karina, a atividade foi importante pela interação das fases do curso e envolvimento dos universitários com a comunidade. "Só de ver o sorriso no rosto das crianças, já vale a pena esse trabalho", disse ela.
Texto e foto: Suelen Cerbaro
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
