Com o intuito de orientar os estudantes da rede pública de ensino sobre os malefícios do uso de vapes, o consumo de bebidas energéticas e a importância da vacinação na adolescência, as acadêmicas de Enfermagem da UNIFEBE desenvolveram uma série de ações educativas com os alunos dos 1.º, 2.º e 3.º ano do Ensino Médio da Escola de Ensino Médio Yvone Olinger Appel, no Cedrinho.
Orientadas pelos professores das áreas de Imunologia, Fisiologia, Saúde Coletiva, Anatomia e Microbiologia, as acadêmicas de Enfermagem participaram de oficinas teórico-práticas com metodologias exclusivas para o ensino médio, estudaram os conteúdos que seriam utilizados nas ações, visitaram a escola para reconhecimento do espaço e levantamento das demandas e planejaram cada etapa das atividades educativas. Os grupos também elaboraram materiais informativos, como flashcards e infográficos, para distribuir aos estudantes do educandário. Na escola, cada grupo conduziu a oficina planejada, conforme o seu tema, utilizando estratégias como rodas de conversa, quizzes, dinâmicas, apresentações e jogos educativos.
Os riscos do consumo excessivo de bebidas energéticas na adolescência foram o foco do bate-papo realizado com os alunos do terceirão. Para trabalhar o tema, a acadêmica Lorena Sartori conta que sua equipe desenvolveu materiais que chamassem a atenção dos adolescentes para os malefícios do consumo de energéticos. Para isso, o grupo elaborou um fôlder informativo de fácil leitura, criou uma breve apresentação sobre o tema com imagens e memes, e promoveu uma roda de conversa entre os alunos, para que eles pudessem compartilhar suas experiências.
“Com a dinâmica, conhecemos a realidade de cada estudante e o porquê de ele usar o energético. A partir disso, conseguimos conscientizá-los a diminuir esse consumo”, destaca Lorena. Sobre o envolvimento com a comunidade, a acadêmica destaca: “Esse contato com a sociedade é essencial e gratificante, pois nos permite aprimorar ainda mais nossas habilidades e nossa empatia, principalmente para instigar a educação em saúde, já que a prevenção é o primeiro passo para a saúde e qualidade de vida”.
De acordo com a coordenadora do curso, professora Aline Sturmer, a vivência proporcionada pela Curricularização da Extensão fortalece o desenvolvimento de competências que vão muito além da sala de aula. “Em atividades como essas as estudantes conseguem aplicar conceitos técnicos, organizar propostas educativas e aperfeiçoar habilidades de comunicação e interação social. É uma oportunidade concreta de atuar na prevenção de agravos e na promoção da saúde, aproximando a universidade da comunidade escolar”, avalia a professora.
Ao final das atividades, os grupos apresentaram relatórios, registros fotográficos e os resultados observados nas oficinas. As devolutivas dos alunos e professores da escola apontaram uma maior compreensão sobre vacinação na adolescência, os riscos ocultos do uso de vapes e os impactos do consumo excessivo de energéticos. Esses foram os temas que despertaram atenção e geraram debates durante as apresentações.