Com o intuito de instigar o estudante a se autoperceber, ao ser inserido em um ambiente fora de sua zona de conforto, a professora Jô Rosa, da disciplina de Inteligência Emocional para Alta Performance, levou os alunos da Pós-Graduação MBA em Coaching e Consultoria Executiva: ênfase em pessoas e negócios, para uma visita técnica ao Presídio Regional de Brusque. “A proposta era que, ao conhecer o local, em cada passo, eles percebessem, seus sentimentos, emoções e preconceitos”, elucida a professora.
A visita técnica foi a primeira vez da estudante, Daniela Evelly Lima da Silva Monteiro, no local onde atualmente é o Presídio Regional de Brusque. De acordo com Daniela, o maior desafio da atividade era desconstruir uma visão preestabelecida sobre a prisão e os presos, de que o ambiente seria cheio de grades e com superlotação de detentos. “Chegando lá me impressionei com a limpeza e a organização da local”, revela a aluna.
A professora Jô Rosa destaca que, romper essas barreiras são essenciais no processo de autoconhecimento e no aprimoramento dos profissionais que geralmente atuam na gestão de pessoas e negócios. “Muitas vezes, diante de uma situação rotineira, não conseguimos nos autoperceber e, em situações de desconforto, observamos o quanto temos crenças limitantes, geradas de uma forma familiar ou social, e o quanto elas são responsáveis por gerar estereótipos. Lá, eles perceberam essa individualização, a necessidade de enxergá-los como cidadãos e seres humanos”, complementa.
Durante a atividade, acompanhados pela professora, os estudantes conheceram a estrutura do presídio, as ações desenvolvidas com os detentos e os serviços disponibilizados, visando à reintegração deles na sociedade. Eles ainda puderam conversar com a equipe técnica e os servidores do presídio. “Foi uma visita bastante enriquecedora para minha vida pessoal e profissional. Me fez sair de lá com uma visão diferente da vida, das pessoas e até mesmo do sistema prisional que temos em nosso estado. Desconstruiu preconceitos e nos fez entender a importância de reconhecê-los em nós”, enfatiza Daniela.