Acadêmicas de Pedagogia da UNIFEBE desenvolveram oficinas com catequistas das paróquias das igrejas católicas de Brusque. O objetivo foi capacitar as professoras a trabalhar e desenvolver práticas pedagógicas inclusivas, considerando distúrbios como autismo, síndrome de down, dislexia, déficit de atenção, deficiência intelectual e física, baixa visão e surdez. Ao todo, foram oito oficinas aplicadas com as catequistas que vieram à universidade.
Preliminarmente, foi produzido um formulário, em que as docentes apontaram as deficiências mais comuns entre alunos que frequentam a catequese. De acordo com a professora Eliane Kormann, coordenadora do curso, a atividade foi uma valorosa troca de experiências entre acadêmicas e a comunidade. “Foi um trabalho importante, tendo em vista que as catequistas realizam um trabalho voluntário e não costumam receber capacitações sobre práticas pedagógicas, ainda mais com alunos que apresentam alguma deficiência ou síndrome. Além disso, as estudantes puderam desenvolver competências como o trabalho em equipe, a empatia, a cooperação, o empreendedorismo e a criatividade, por meio de dinâmicas e criação de materiais, pautados em pesquisas e na revisão de literatura. Foi mais um projeto de extensão de excelência, no qual a Pedagogia atuou em mais uma comunidade que apresentou suas demandas, e nós, envolvendo as acadêmicas e docentes, buscamos atendê-las, um dos pilares do Ensino Superior”, analisa a professora Eliane.
A acadêmica Julia Gohr, da 1ª fase, revela que trabalhou com as catequistas o tema “Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH” e seu grupo recebeu aproximadamente 25 professoras. “Explicamos o que é, como identificar e como lidar com crianças que apresentam TDAH. Foram apresentados jogos educativos on-line e físicos, dicas de leitura e de filmes, e atividades práticas. As catequistas atuam de forma voluntária e é muito importante que haja essa relação da universidade com a comunidade. Ao concluir a oficina, ficou claro que as sugestões oferecidas na apresentação poderão auxiliar na catequese, de forma que consigam apreender e aplicar o ensino a partir de jogos e atividades diversas”, garante a aluna.
Catequista da Paróquia Santa Terezinha, Viviane Carla Fantini Noldin valoriza a iniciativa do curso de Pedagogia, e também enfatiza a importância do trabalho, já que as professoras não recebem formação nas igrejas. “Com o aprofundamento dos transtornos abordados, pude começar a compreender melhor algumas situações e ter mais sabedoria para lidar com as crianças. Essa capacitação nos auxiliará ainda mais a acolher e tratar com amor cada criança, criando meios de incluí-la nas atividades, com respeito e discernimento”, conclui Viviane.
Curricularização da Extensão
A pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura da UNIFEBE, professora Edinéia Pereira da Silva, elucida que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes e promove intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.
Os projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, desenvolvidos na Curricularização da Extensão articulam ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “As atividades desenvolvidas são relacionadas à formação universitária do estudante, que desenvolve trabalhos que contribuem com a comunidade e promove um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, ressalta a professora Edinéia.