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A dança como estímulo de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o relato da pesquisa desenvolvida pela acadêmica de Educação Física da UNIFEBE, Júlia Booz Fantini, que será publicado no livro anual do Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina (CREF/SC).
O material é resultado da pesquisa orientada pela professora Camila da Cunha Nunes e desenvolvida pela acadêmica bolsista da modalidade de Bolsas de Estudo do Artigo 170 Pesquisa, do Programa de Bolsas Universitárias de Santa Catarina (Uniedu).
Acadêmica de Educação Física e professora de dança, Júlia uniu o amor pela pesquisa e pela dança para verificar o impacto da dança como estímulo de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa foi aplicada em parceria com o Studio de Dança Annas, de Brusque, que disponibilizou o espaço para as aulas de dança semanais.
Todas as sextas, três crianças e seus familiares participavam da atividade, que tinha como objetivo desenvolver a dança, elementos de psicomotricidade, aspectos afetivos e de sociabilização. As aulas eram elaboradas a partir da grelha de observação de comportamento da criança, que analisava o estímulo por meio do gesto, do tom de voz, da relação dela com a atividade, e do contato dela com outra pessoa e com o objeto.
“Com a pesquisa chegamos ao resultado de que a dança pode ser utilizada como terapia para crianças diagnosticadas com TEA, visto que ela promove a interação social e, principalmente, o desenvolvimento do contato físico e visual que muitas vezes as crianças com TEA têm dificuldade”, destaca a orientadora da pesquisa, professora Camila da Cunha Nunes.
No material aprovado pelo CREF/SC também está o relato dos familiares que acompanharam as crianças. Para a acadêmica Júlia Booz Fantini, desenvolver e aplicar a pesquisa contribuiu para o seu crescimento acadêmico e pessoal. “Hoje os meus estudos são muito mais voltados a esse tema e graças à bolsa eu descobri meu amor pela pesquisa e ainda mais pela dança. Ver o meu trabalho ser reconhecido pelo Conselho Regional de Educação Física me encheu de orgulho. Estou muito feliz”, enaltece a estudante.
A pesquisa será um dos 20 relatos que serão publicados no livro Boas Práticas na Educação Física Catarinense, que reúne em capítulos as experiências de profissionais e acadêmicos no âmbito da Educação Física catarinense.