O Curso de Psicologia da UNIFEBE realizou, em 24, 27 e 28 de outubro, três ações em escolas da rede pública de Brusque, com dinâmicas que envolveram jogos, teatro, brincadeiras, entre outras atividades. Ao todo, 274 acadêmicos participaram do processo formativo e de acompanhamento das práticas, envolvendo 805 pessoas da comunidade escolar, entre alunos e professores. Os trabalhos compuseram a curricularização da extensão do semestre.
As dinâmicas foram realizadas na Escola de Educação Básica (EEB) Santa Terezinha, no bairro de mesmo nome; na EEB Feliciano Pires, no Centro; e na EEB Governador Ivo Silveira, no bairro Águas Claras. Nelas, os acadêmicos puderam aplicar conhecimentos da Psicologia no contexto escolar, o que lhes permitiu desenvolver competências técnicas, relacionais e éticas essenciais para o exercício da profissão.
A curricularização da extensão desenvolvida no segundo semestre de 2025 teve como objetivo central realizar intervenções voltadas ao desenvolvimento de habilidades socioemocionais na comunidade escolar, como regulação emocional, empatia, comunicação assertiva e cooperação. Ao mesmo tempo, a experiência formativa dos participantes universitários era analisada.
“Nossos acadêmicos vivenciaram desde o contato com demandas reais até o manejo de grupos, a escuta sensível, a condução de dinâmicas e avaliação de intervenções. A experiência também favoreceu o exercício da autonomia, da criatividade e do trabalho em equipe, além de ampliar a compreensão sobre o papel social da Psicologia na educação e fortalecer o compromisso com práticas responsáveis, dialogadas e transformadoras”, explica a professora Bruna Giraldi.
Cada grupo desenvolveu uma produção científica de relato de experiência sobre a atividade. Foram três intervenções com professores, e 30 com turmas de Ensino Médio. E conforme explica a professora, Suelen Frainer, o desempenho dos acadêmicos foi muito positivo. As docentes verificaram crescimento em termos de sensibilidade, ética e compreensão das realidades educacionais.
“Os estudantes se mostraram comprometidos, acolhedores e preparados para ouvir as necessidades dos adolescentes e professores, elaborando intervenções que realmente fizeram sentido no cotidiano escolar. Para nós, como docentes, foi inspirador perceber como a prática extensionista fortalece o desenvolvimento profissional e humano, reafirmando a importância da Psicologia como mediadora de vínculos, diálogos e transformações sociais”, destaca.
Para a acadêmica Vanessa Coelho, as intervenções permitiram pensar mais sobre a importância de criar ambientes de acolhimento e diálogo. “Os temas trabalhados fizeram total sentido para os alunos dos colégios visitados, pois abordaram questões delicadas que emergiram em cada dinâmica e mostraram o quanto nossa profissão é necessária nesses espaços.”
“Os resultados indicaram uma recepção muito boa nas escolas, com comentários que destacaram o caráter acolhedor, dinâmico e interativo das atividades. Recebemos sugestões para ampliar o tempo de intervenção e realizar novos encontros. No nosso curso, verificamos um aprendizado significativo, uma integração entre diferentes fases e o reconhecimento da relevância social do projeto”, reforça a coordenadora do Curso de Psicologia da UNIFEBE, professora Andreia Martins.