“Normalmente essa cirurgia tem algumas consequências, como a diminuição da força muscular, perda de funcionalidade, funcionalidade temporária, aparecimento de edemas, portanto, a Fisioterapia, dentro desse contexto, tem uma disciplina na grade curricular, voltada para a saúde da mulher, mas resolvemos desenvolver um trabalho que pudéssemos reabilitar essas mulheres logo após as cirurgias”, descreve o professor. “Isso é extremamente valioso, que os alunos entendam o que acontece com a mulher, estejam em contato com a comunidade, do dia a dia da população, consigam visualizar as consequências relacionadas nessa doença e, também, de alguma forma consigam visualizar como a Fisioterapia pode atuar nesse contexto, auxiliando na reabilitação dessas mulheres”
O conhecimento técnico e o uso da tecnologia se tornaram aliados de mulheres em recuperação de cirurgias de mastectomia. Por meio de um projeto, um projeto que envolveu o curso de Fisioterapia da UNIFEBE, os acadêmicos produziram e entregaram vídeos à Rede Feminina de Combate ao Câncer demonstrando alternativas de exercícios para três fases diferentes do pós-operatório.
O trabalho desenvolvido pela parceria foi parte da curricularização da extensão e os vídeos serão usados com mulheres atendidas pela Rede Feminina. A atividade contou com acadêmicos da terceira fase do curso, que estiveram na sede da instituição para conhecer o ambiente e as principais demandas relacionadas à saúde das mulheres.
A tendência, segundo o professor Anderson Savaris Ribas, é que a iniciativa seja ampliada nos próximos semestres. Na análise, de acordo com o professor, foi identificada a necessidade de uma atividade relacionada à recuperação da cirurgia, considerada recorrente em casos de câncer de mama.
Impacto na sociedade
Segundo a coordenadora do curso de Fisioterapia, professora Leilane Marcos, a busca por serviços de profissionais da área na recuperação de pacientes que passaram por procedimentos como a mastectomia tem aumentado. “É muito importante um acompanhamento da fisioterapia, pensando, justamente, que as pessoas retornem nas suas atividades de vida diária e da melhor forma possível”, descreve.
De acordo com ela, o uso de vídeos na iniciativa foi uma forma de tornar o acesso às orientações mais prático. Os exercícios poderão ser acessados em casa, como uma forma de reforçar as orientações do profissional da área.
A escolha da Rede Feminina, foi bem recepcionada por acadêmicos como Gabrielle Külkamp. De acordo com ela, a experiência de poder prestar serviço para o grupo foi uma experiência gratificante e que terá reflexos na sua formação.
“Como estudantes de fisioterapia, enfrentamos desafios e limitações, mas estávamos determinados a encontrar a melhor forma de contribuir para a Rede e sua nobre causa. Essa iniciativa não apenas nos permitiu ajudar a comunidade, mas também teve um impacto significativo em nosso próprio desenvolvimento profissional. É possível que as pessoas que ajudamos hoje se tornem nossas pacientes no futuro, e essa perspectiva nos inspira profundamente”, indica.
Para a acadêmica, a escolha da Rede Feminina, possibilitou o contato dela e dos colegas com profissionais engajados na causa a que se propõe a atender. Ela destaca o acolhimento recebido pelo grupo e a dedicação dos acadêmicos a cada nova consulta prestada.
