O Cigarro Eletrônico é inofensivo? Este foi o questionamento central do Simpósio realizado nesta terça-feira (21), pelas Ligas Acadêmicas de Anatomia, Cirurgia Torácica e Pneumologia, do curso de Medicina, do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE).
O tema foi apresentado aos estudantes do curso pelo viés do Tabagismo e as relações e alterações anatômicas, destacada pelo cirurgião dentista e professor do curso, Rafael Saviolo, pela doença como fisiopatologia e suas consequências futuras, exposta pelo fisioterapeuta e professor, Marcelo Rocha Soares da Silva, e sobre o que esperar do uso crescente de vape no Vale do Itajaí, debatida pelo médico cirurgião torácico e professor, Eduardo Ballester.
De acordo com a presidente da Liga Acadêmica de Pneumologia e acadêmica do curso de Medicina, Rafaela Castro, a temática foi escolhida visto o aumento expressivo do consumo de cigarros eletrônicos, principalmente no período pandêmico. Segundo dados levantados no relatório da Covitel, Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia, em 2022, 1 a cada 5 jovens brasileiros fizeram uso de cigarros eletrônicos.
“O tema é muito atual, mas que nos faz refletir sobre um problema de saúde antigo: o tabagismo. Nosso intuito em promover esses debates é de que eles contribuam para a prática médica, já que as consequências do tabagismo são graves e recorrentes. Além, é claro, de servir como um alerta para os males desse vício, principalmente entre os jovens”, enfatiza Rafaela.
A Liga de Cirurgia Torácia foi um dos grupos de estudo a promover o evento. Para a presidente e estudante de Medicina, Beatriz Cazagrande Pucci de Oliveira, os cases apresentados evidenciam a importância de se falar sobre o tema. “O tabagismo está associado a diversas doenças que antes eram mais comuns em pessoas mais velhas. Hoje, são os jovens que apresentam diversos sintomas. Pensando na minha formação, o Simpósio foi muito importante, visto que contribuiu para ampliar meus conhecimentos em uma das áreas que quero seguir futuramente na medicina”, complementa Beatriz.
O presidente da Liga Acadêmica de Anatomia, Ryan Lucas Bossa, destaca que a integração entre os grupos de estudo enriquece e agrega conhecimentos. “Por ser um assunto muito novo, as pesquisas sobre os problemas de saúde em decorrência de tal situação ainda estão defasadas. Nesse sentido que, de forma interdisciplinar e em conjunto com diversas áreas da medicina, somos instigados a buscar respostas para centenas de perguntas que podem surgir sobre, nesse caso em específico, os malefícios do uso dos cigarros eletrônicos. Como futuros médicos, conhecer e identificar determinada etiologia é essencial para reconhecer o diagnóstico e, com mais segurança, aplicar as medidas necessárias para cada quadro clínico”, explica Ryan.
O Simpósio gratuito foi aberto aos estudantes e demais interessados na temática. A atividade foi realizada no auditório do Bloco C e contou com um grande número de participantes. Confira as fotos do evento:
