A casa Assistencial Cagere recebeu os acadêmicos da 2.ª fase do curso de Psicologia da UNIFEBE para uma visita técnica. O grupo pode conhecer a estrutura de 900 metros quadrados de área construída, instalada em uma área de 10 mil metros quadrados.
Voltada para o acolhimento de pessoas com deficiências físicas ou mentais que estejam em situação de vulnerabilidade social ou impossibilitadas de manter contato com os familiares, a Cagere conta com uma ampla estrutura para saúde e bem-estar dos seus residentes. Há espaços para os serviços de Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia e Arte, assim como áreas destinadas para a prática esportiva,
O cuidado e atenção envolvidos no atendimento aos residentes, pessoas com idades entre 18 e 59 anos, foram elementos marcantes na visita, segundo a acadêmica Júlia da Silva Reinert. De acordo com ela, a experiência possibilitou não só conhecer a história de operação da instituição, mas também compreender parte de seu papel social. “Foi inspirador, pois mostra a dedicação de tantas pessoas que acreditam na humanidade, no respeito e na convivência como forma de transformação”, descreve.
Júlia reconhece a dedicação dos profissionais que atuam no Cagere para motivar e valorizar as pessoas assistidas no espaço. A interação, segundo a acadêmica, foi um momento de aprendizagem e promoção do bem-estar entre os participantes. “Cada sorriso revelava o quanto aquele espaço é significativo, não apenas como lugar de aprendizagem, mas também de afeto, esperança, de crescimento e de construção de memórias”, indica.
Experiência na prática
A coordenadora do curso de Psicologia, professora Andreia Martins, avalia as visitas técnicas como um momento de integração entre a teoria e a prática profissional importante para os acadêmicos. Ela destaca a oportunidade de os participantes conhecerem a rotina dos profissionais que atuam em diferentes áreas no contexto dos serviços de saúde mentais.
Segundo a coordenadora, a atividade também permite a interconexão com os demais profissionais que atuam no setor, contribuindo para a formação dos futuros psicólogos da psicologia. “Um outro aspecto importante é a questão também do familiar desses pacientes. O familiar também se encontra adoecido em função de conviver com a situação de seu pai, de uma mãe, de um filho. Em uma instituição especializada, conseguimos visualizar o trabalho em conjunto dos diferentes profissionais, de forma interdisciplinar”, descreve.
A professora Luzia Meurer, que acompanhou a turma na atividade, parte do componente Curricular Psicologia do Desenvolvimento II, afirma que a visita representa uma oportunidade para que os acadêmicos aprofundem seus conhecimentos práticos e teóricos voltados ao cuidado psicossocial. Com o contato, ela destaca ainda a possibilidade de maior compreensão acerca das necessidades e demandas das pessoas com deficiência física e mental e de observarem as estratégias e intervenções adotadas pela equipe.
“A vivência direta nesse ambiente permite uma compreensão mais ampla das demandas, desafios e das estratégias de intervenção utilizadas na assistência a indivíduos com deficiência física e mental”, indica.
Segundo a professora, o roteiro também proporcionou momentos de reflexão sobre a ética da profissão, o papel do psicólogo no contexto institucional e a importância da interdisciplinaridade no processo de reabilitação e inclusão social. “Essa experiência contribui para a formação de profissionais mais capacitados e sensíveis às complexidades do trabalho com a população, preparando-os para atuar de forma humanizada e eficaz no campo da saúde mental”, salienta.