A Unifebe – Centro Universitário de Brusque fez o lançamento do livro em braile Na Companhia das Fábulas, de André Soltau, professor da Instituição e supervisor de Extensão da Unifebe. Em seguida houve uma mesa redonda com a participação de integrantes da Associação dos Deficientes Visuais de Brusque e do Centro de Difusão de Literatura Regional para Cegos, de Blumenau.
O livro Na Companhia das Fábulas foi publicado em 2003 pela Editora Cultura em Movimento que, em parceira com o Centro de Difusão da Literatura Regional para Cegos de Blumenau (Centro de Braille), traduziu a obra para a versão Braille.
O sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita usado por portadores de deficiência visual. O método foi criado pelo francês Louis Braille, cego desde os três anos de idade. Utilizando seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas, é possível formar 63 símbolos diferentes, que permitem traduzir obras de diversos idiomas.
O Centro de Braille, da Fundação Cultural de Blumenau, procura divulgar a produção literária de autores da região para que os cegos leiam e conheçam a história local. O livro Na Companhia das Fábulas, impresso em tinta e em Braille, é a sexta publicação do Centro de Braille.
O lançamento de Na Companhia das Fábulas aconteceu no dia 17, às 19h, no Auditório da Unifebe, no Bloco C, campus Santa Terezinha. A participação foi gratuita e aberta a todos os interessados. A mesa redonda foi uma discussão sobre o respeito à diferença.
Quem é André Soltau?
André Soltau, gaúcho de Alegrete, sempre gostou de observar a natureza. Fotógrafo, amante das artes cênicas, historiador e educador, ele consegue deixar marcas profundas e inquietantes por onde passa. A poeta e jornalista Tânia Rodrigues – que faz a apresentação do livro – qualifica André Soltau como “um poeta ainda tímido, ainda madurando, de coração escancarado”, que retrata, em seus poemas, a sua própria maneira de ser: sensível aos apelos do amor pela mulher amada e pela fraternidade. E completa: “Ora utilizando a linguagem direta, objetiva, ora fazendo uso de estruturas mais rebuscadas, André nos lembra o quanto viver pode ser um ato perigoso, mas ainda assim tão indispensável e precioso”.