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21 de agosto de 2015

Vida Ativa discute mudanças no comportamento social

O futuro do casamento, ter filhos ou não, poliamor, sexo virtual, estresse e outros temas ganharam destaque no curso Vida Ativa, realizado pelo Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE, na última segunda-feira, 17 de agosto.

Em aula ministrada pelo professor Rafael Luiz Zen, foram debatidas as mudanças de comportamento sociais após a invenção e disseminação da Internet no cotidiano da população global. O debate acalorado abordou temas que permeiam o universo dos adolescentes, mas que raramente são discutidos entre a faixa etária do grupo, cuja média de idade varia entre os 50 e 80 anos.

Pautadas pelo livro “Amor Líquido” do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, que investiga por que as relações humanas estão cada vez mais flexíveis, resultando em níveis de insegurança cada vez maiores, que fazem  que os seres humanos deem mais importância a relacionamentos em “rede” (Internet, email, celular, etc), que podem ser desmanchados facilmente, já que na maioria das vezes são apenas virtuais.

“Os jovens não sabem mais como manter relacionamentos a longo prazo. Isso não ocorre apenas nas relações amorosas e vínculos familiares, mas entre todos de maneira geral. Essa aula foi preparada com o intuito de mostrar a essas mães e avós que a dificuldade de comunicação não é apenas vinculada à diferença de idade, mas a uma diferença concreta e gigantesca de valores e atitudes que as novas gerações são instigadas a reproduzir”, explica Zen.

Discutindo novos caminhos

O professor conta que ao chegar à sala de aula, deixou o título do encontro em letras garrafais na tela de projeção “OS NOVOS CAMINHOS DO PRAZER”.

“Isso fez com que, antes mesmo de começarmos a discutir, as alunas tivessem uma expectativa, achando que trataríamos de prazer e sexo na terceira idade. Iniciei informando-as de que não seria o caso, que trataríamos o prazer dos atuais jovens e das crianças que, em um futuro bem próximo, se tornarão adolescentes também”, diz.
Ele conta que muitas não conheciam o conceito de poliamor, ou não compreendiam bem o que o sexo virtual significa para as novas gerações, muito menos o que as amizades e relacionamentos a distância representam na vida dessa faixa etária.

A aluna Rute Kohler Mosimann comentou sobre a importância de abordar temas polêmicos, que refletem justamente a diferença de gerações entre elas, seus filhos e netos.

“O mundo está em constante movimento e por vezes não conseguimos acompanhar tudo o que acontece nas novas gerações. Acho importante discutirmos essas questões, pois muitas vezes – quando conseguimos ter contato com essas novas informações – não temos onde discuti-las. Apesar de ser um assunto polêmico, que gerou debates acalorados, não acredito que seja a questão de concordarmos ou não com as questões apresentadas, mas justamente de saber que elas existem sem que precisemos gostar ou não delas”, considera.

Segundo ela, apenas estando abertas a mais conhecimento é que elas poderão se preparar no caso de ter que aconselhar um neto ou neta em questões que não tenham muito contato, como o sexo virtual, por exemplo.
“Com certeza uma aula como essa deixa reflexões em nossa mente para levarmos para a vida”, diz.

Além dos tópicos citados, a aula terminou com uma reflexão: a única coisa que nunca muda é que tudo muda. “Trouxe essa frase, retirada do Festival de Propaganda de Gramado deste ano, para que pudéssemos começar e encerrar o tema. Acredito que a universidade, permitindo momentos de discussão e reflexão como estes, compreende que conhecimento é necessário em todas as fases da vida”, completa Zen.
Vida Ativa
A edição 2015/2 do curso teve início no mês de agosto. Com aulas sobre nutrição, saúde da mulher, antropologia e cultura e outros temas variados, o Vida Ativa segue até a primeira semana de dezembro, (7/12) com aulas no campus Santa Terezinha.

O coordenador de extensão da UNIFEBE, Claudemir Marcolla, explica que o curso já é tradicional da instituição, oferecido desde de 2001, quando era chamado de Voltando à Escola.

“Em 2004 tornou-se o Vida Ativa. Buscamos a integração e o compartilhamento de experiências entre a Universidade e a comunidade nas mais variadas áreas do conhecimento”, explica.

Para este ano, a solicitação das alunas foi ter mais aulas com a mesma temática. “Neste semestre, temos um maior número de professores lecionando duas aulas para aprofundar ainda mais o conteúdo apresentado nos encontros”, conta Marcolla.

Texto: Suellen Pereira Rodrigues/ Fotos: Rafael Zen
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
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