notícias colégio
Notícias
30 de outubro de 2024
por: Marcelo Gouvêa
Marcelo Gouvêa

Acadêmicos da UNIFEBE criam propostas para áreas atingidas por alagamentos em Brusque

Atividade ocorreu durante o Executa, promovido pelos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo

Diferentes propostas voltadas para adaptar Brusque ao conceito de cidade-esponja, adaptadas aos possíveis impactos de grandes volumes de água, como enchentes, inundações e alagamentos, foram apresentadas durante o Executa. A iniciativa, promovida pelos cursos de Engenharia Civil e de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEBE, também analisou áreas consideradas pela Defesa Civil como críticas na cidade com relação aos eventos climáticos.

A análise considerou bairros, como o Limoeiro, Santa Terezinha, Maluche, Guarani e Dom Joaquim e as iniciativas incluíram desde construções híbridas, adaptadas ao cenário proposto, microrreservatórios para a água da chuva e telhados verdes, passando por adequações de infraestrutura urbana, como parques alagáveis, alternativas de contenção da margem do rio, possibilidades de drenagem, estudos de geotécnica e áreas de risco para deslizamentos. Elas foram apresentadas para uma banca avaliadora, formada por representantes de órgãos públicos, conselhos e institutos de classe, além de empresários da área, neste mês de outubro, no auditório do Bloco F.

A banca responsável por avaliar os trabalhos foi composta pelos representantes do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque (CEAB), Haro Kamp; do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Marco Kohler; Fundação Municipal Meio Ambiente de Brusque (Fundema), Cristiano Olinger; Instituto Brasileiro de Planejamento (Ibplan) de Brusque, Yuri Neckel Betim; Cadriate Arquitetura e Engenharia e BC Construtora, Thautei Estefano Bonacina; e da Dreams Arquitetura e Engenharia, Trezzato Construtora e Norde Steel,  Leonardo Buttchevitz Dias.

Os acadêmicos puderam participar de uma palestra voltada ao tema de cidades resilientes, com a engenheira civil em infraestrutura verde aplicada ao manejo de água, Beatriz Codas, outra palestra sobre as cotas de enchentes e o plano de contingência de Brusque, apresentada pelo chefe de vistorias e fiscalização da Defesa Civil de Brusque, Edevilson Cugiki; e uma reflexão sobre os direitos humanos em situações de desastre, com o professor Ricardo Vianna Hoffman, do Laboratório de Cidadania e Educação em Direitos Humanos (Lacedh) da UNIFEBE. O grupo ainda desenvolveu uma maquete do trecho brusquense do rio Itajaí-Mirim, produzida sob orientação da professora Alexssandra da Silva Fidelis.

Atenção com o rio
Ao analisar os impactos das enchentes nos enrocamentos das margens do rio Itajaí-Mirim, o grupo de Valdir Knies Junior sugeriu o uso de ensecadeira para reforçar a estrutura. Apesar do custo alto, ele afirma que elas seriam uma das soluções que mais se adaptaria às características do rio.

“Chegamos à conclusão de que isso acontece porque, depois da cheia do rio, além da força da água, acaba puxando essas rochas para dentro (do rio), que ela infiltra por baixo. Também essas rochas são assentadas em uma parte do barro que ainda é mole”, detalha.

Para chegar à alternativa, ele destaca a possibilidade de diversidade de ideias, níveis de conhecimento sobre o tema e a possibilidade de troca de experiências com os engenheiros e futuros profissionais durante o Executa. Segundo o acadêmico, a interação é parte importante do seu processo de formação, e a Curricularização da Extensão, é uma forma diferente de pôr os conhecimentos à prova. “É uma semana em que podemos fazer algo completamente diferente e que podemos trabalhar em cima disso”.

Inspiração no exterior
A experiência de países europeus com um histórico de elevação nos níveis dos rios, como os Países Baixos, serviu de inspiração para que o grupo do acadêmico de Arquitetura e Urbanismo, Daniel Lara, desenvolvesse o projeto de casas anfíbias. O conjunto de habitações, de 100 metros quadrados cada, dispostas em uma área comum, de uma vila autossustentável. A área teria ainda um cinturão verde, com árvores auxiliando na proteção contra entulhos e ondulações da água.

“São casas que, no aumento do nível da água, ela eleva o seu nível com a água. Sua fundação é projetada em concreto flutuante, que possui uma densidade mais leve que as encontradas nas construções, e também possui uma fundação de ‘encaixe’, onde a casa repousa após o nível da água baixar, essa ficando fixa ao solo”, descreve. “É uma proposta que está se tornando realidade lá fora e, aqui na nossa região, com o passar dos anos, será necessário um pensamento voltado para os novos meios de combater ou minimizar os danos causados pelas cheias”, indica.


Adaptação ao contexto

O tema escolhido no Executa, na avaliação da coordenadora do curso de Engenharia Civil, Vivian Siffert Wildner, é uma forma de preparar os acadêmicos para pensarem em projetos para contornar as situações extremas impostas pelas mudanças climáticas. Ela destaca a adaptação das propostas para a realidade local e a atenção dada pelos acadêmicos às características de solo, hidrográficas e de infraestrutura urbana nas propostas.

“Estamos sendo cada vez mais impactados e os acadêmicos precisam pensar em alternativas para novas construções e adequações nas cidades para que ela consigam se prevenir de desastres e evitar perdas materiais ou de vidas”, descreve.

O coordenador de Arquitetura e Urbanismo, professor Marcelius Oliveira de Aguiar, afirma que a atividade reforça a preocupação institucional com a região onde está inserida e na busca por soluções para o tema. Outro ponto salientado pelo professor é a qualidade dos projetos, que inspiraram a produção de conteúdos voltados ao Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNIFEBE (ENPEX).
Ele salienta o papel da atividade no desenvolvimento de habilidades relacionadas a cada uma das áreas e as possibilidades de respostas mais assertivas que essa junção proporciona, considerando todos os cenários possíveis. “Se Brusque já é uma cidade afetada pelas enchentes, precisamos olhar para soluções que já ocorrem e estão em uso em outras cidades do mundo, com respaldo, com técnica”, indica. “Nesses desafios, eles têm a liberdade de criar soluções, de pensar fora da caixa. Não estamos falando em custos ou tempo de construção, mas sim como vamos solucionar, uma vez que a localidade está em um processo de enchente, e como minimizaremos os impactos nessas áreas.

Fale Conosco / Assessoria de Comunicação Social:

comunicacao.assessor@unifebe.edu.br / 47 3211-7223

Postagens relacionadas

Inscrições para Bolsa de Estudo do Artigo 170 abrem dia 5

Inscrições para Bolsa de Estudo do Artigo 170 abrem dia 5


01 de agosto de 2008
Projeto UNIFEBE no Lazer desenvolve atividades na Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto
Universidade Comunitária

Projeto UNIFEBE no Lazer desenvolve atividades na Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto


14 de junho de 2022
Eleição de representantes para composição da CIPA

Eleição de representantes para composição da CIPA


23 de fevereiro de 2012
Skip to content