O estudo “Promovendo experiências significativas por meio da natação: um autoestudo” foi publicado pela revista científica Motrivivência, Revista de Educação Física, Esporte e Lazer, da Universidade Federal de Santa Catarina. Ele é coassinado pela professora e egressa da UNIFEBE, Aline Suavi Bohn e pelo professor Leonardo Ristow.
O estudo é considerado um dos primeiros no país a utilizar a abordagem na educação física e escolar na natação. Nele, a pesquisadora focou a experiência na motivação e interesse dos alunos da prática e não necessariamente nos aspectos motores do esporte.
Na época do autoestudo, Aline Suavi Bohn tinha atuação com diferentes faixas etárias, porém com uma atenção redobrada nas demandas específicas do público infantil. O trabalho com esse perfil de nadadores indicava que exigia mais que as técnicas e movimentos estabelecidos, mas uma atuação lúdica para atingir os resultados desejados.
Ela acredita que, entre os efeitos do trabalho, a possibilidade de proporcionar uma referência para outros profissionais, que queiram incluir a metodologia nas suas aulas, se destaca. “Por meio do trabalho, conseguimos compreender também que., mesmo que as aulas tenham um objetivo principal, não conseguimos trabalhar esse objetivo de maneira isolada, e sim dar mais ênfase a alguns tópicos do que outros”, afirma. “Para promover experiências significativas por meio da natação, é necessário incluir a diversão, a interação social, o desafio e a aprendizagem pessoalmente relevante”.
Abordagem diferente
O professor Leonardo Ristow foi orientador e mentor do trabalho e salienta o aprendizado gerado para a própria pesquisadora, além da contribuição do processo de pesquisa para outros professores que queiram adotar a metodologia para novos estudos. Segundo ele, a abordagem também possibilita uma alternativa à um ensino focado apenas nos aspectos técnicos da natação.
“Esse tipo de trabalho é muito valioso porque, ao mesmo tempo, em que a própria pesquisadora faz uma pesquisa científica, ela também pesquisa sobre a prática dela”, descreve. Os pesquisadores recomendam que os professores reflitam sobre a sua própria prática. Assim sendo, o professor deve refletir bastante sobre a sua prática e, dessa forma, melhorar, se envolver e tornar-se mais experiente com essa reflexão.
De acordo com Ristow, o autoestudo teve reflexos também ao possibilitar mudanças na postura, forma de instruir, estimular, corrigir e interagir com os alunos. “Eles não ficaram naquela aula só de correção de exercícios, eles tiveram uma interação social, uma diversão, um pouco em desafio também. Então, foi muito gratificante ver que, em pouco tempo, teve uma mudança na prática da professora e, de certa maneira, avaliamos como positivo essa metodologia, essa abordagem diferente para a natação”, indica.