Um grupo composto por acadêmicos de diferentes fases do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEBE realizou uma visita técnica em diferentes espaços públicos e privados da cidade de Blumenau. O roteiro reuniu acadêmicos que cursam os componentes curriculares de Topografia, Paisagismo, Projeto Arquitetônico: Residência Unifamiliar e Expressão Gráfica – AutoCAD.
Na cidade, as análises do grupo envolveram os jardins da Companhia Hering, assinada pelo paisagista Roberto Burle Marx, onde puderam verificar a interação entre vegetação, arquitetura e espaço urbano. Ainda nas proximidades, o Museu da Hering foi outro ponto de parada. Projetado como uma requalificação do patrimônio industrial tombado, ele é parte de um conjunto arquitetônico projetado por Hans Broos.
Outra obra assinada pelo arquiteto austríaco de origem alemã visitada durante a visita técnica foi o Grande Hotel de Blumenau, que serviu de objeto de estudo técnico e inspiração projetual. O roteiro também envolveu uma avaliação detalhada sobre a infraestrutura paisagística do Parque Ramiro Ruediger e o projeto assinado pelo escritório do alemão Dominikus Böhm, da Catedral São Paulo Apóstolo.
A visita é classificada pelo professor como a possibilidade de uma imersão pelo professor Rudivan, Cattani. Além dele, acompanharam os acadêmicos os professores Claudia Poletto, Pedro Venzon e Thiago Mendes.
Segundo o professor Rudivan Cattani, com a atividade foi possível reforçar o senso crítico entre os acadêmicos, além de ser uma oportunidade para um momento interdisciplinar no processo de formação dos futuros arquitetos e urbanistas. “Mais do que um simples deslocamento, a visita técnica serviu como uma verdadeira aula ao ar livre. Ao vivenciar diretamente espaços urbanos, paisagens planejadas e edifícios emblemáticos, os estudantes ampliaram o seu repertório, conectando teoria e prática de forma significativa”, descreve o professor.
Arquitetura moderna
Para o coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo, professor Marcelius Oliveira Aguiar, a atividade e a possibilidade de interação com os professores das diferentes áreas do curso colaboram com o enriquecimento da formação dos acadêmicos.
“Essas visitas técnicas são extremamente importantes para o estudante, tendo em vista que eles vivenciam de forma prática aquilo que aprenderam em sala de aula e essa troca multidisciplinar, por meio da qual os professores dos vários componentes curriculares podem contribuir para tornar esses momentos mais ricos”, descreve.
A acadêmica da 3. ª fase do curso, Rut Castillo, afirma que a visita técnica foi uma oportunidade de ampliar o conhecimento voltado para a arquitetura moderna e as suas diferentes formas de expressão. “Percorremos obras que, embora compartilhem elementos contemporâneos, diferenciam-se em história, tipologia e propósito”, descreve a estudante.
Ela destaca a percepção de um ambiente humano e acolhedor atribuído à fábrica, além da presença do estilo arquitetônico estudado durante o curso. Na avaliação da acadêmica, a visita colabora ao enriquecer o repertório profissional dos participantes e perceber o papel da arquitetura na cidade.
A acadêmica destaca a possibilidade de conhecer a estrutura da Fábrica Hering e o seu conceito de arquitetura atemporal. De acordo com ela, entre as qualidades da arquitetura, está a capacidade de projetar experiências.
“Caminhar por suas instalações gerou duas sensações distintas: por um lado, surpreende não nos sentirmos numa fábrica tradicional, o que demonstra como o projeto arquitetônico pode transformar a percepção de um espaço; por outro, surge a consciência de quantas gerações passaram e viveram experiências naquele lugar, mantendo até hoje a sua habitabilidade e o seu potencial de adaptação a novos usos”, indica.