No desafio Bol-Construction, os acadêmicos de Engenharia Civil e os estudantes do Ensino Médio do Colégio UNIFEBE testam suas habilidades ao desenvolver métodos construtivos com parâmetros de resistência otimizados. O resultado é uma bola de concreto sólida, feita sem o uso de fibras ou plásticos, e que consiga percorrer uma trajetória retilínea.
A competição, realizada no dia 25 de setembro, no Laboratório de Materiais de Construção Civil e Solos, encerrou a programação da tradicional Semana Acadêmica do Curso com a premiação das equipes que obtiveram os melhores resultados.
O Bol-Construction
O desafio iniciou em agosto, quando os estudantes formaram suas equipes e iniciaram o planejamento para a execução da bola de concreto. Este ano, o regulamento exigia que as esferas tivessem entre 185 mm a 215 mm de diâmetro. Além disso, precisavam ser homogêneas e com massa dentro de parâmetros estabelecidos pela organização. A pontuação e as regras da atividade seguiram a fórmula determinada no Desafio Nacional Concrebol, feito pelo Instituto Brasileiro de Concreto (Ibracon).
A equipe Dois ao Cubo, do acadêmico Valdir Knies Junior, apostou na redução do volume da bola e na utilização de Concretos de Alta Resistência (CAR) para vencer a competição. Com base em diversas pesquisas, o grupo encontrou o desenvolvimento de um traço de concreto baseado em Metacaulim, Sílica, e que utiliza diferentes granulometrias das areias e das britas, o que possibilitou diminuir o uso de uma grande concentração de cimento.
“Diferente dos demais grupos, utilizamos um tarugo de PVC como molde e, embora tenhamos conseguido um concreto muito forte, não utilizamos uma grande quantidade de cimento, já que focamos mais em materiais de diferentes granulometrias. Isso fez com que a nossa esfera fosse a mais leve e estivesse entre as mais resistentes”, explica o acadêmico.
Assim, com 9,75 quilos e com resistência para suportar 125,29 quilonewtons de carga da prensa hidráulica, a equipe Dois Ao Cubo se consagrou campeã desta edição do desafio.
A principal dificuldade, revela o estudante, foi equilibrar a quantidade de água e de plastificante para o cimento. “Primeiro, fizemos uma bola-teste e um corpo de prova e, com isso, percebemos quais eram nossos erros e acertos. Além disso, antes da competição, também verificamos se ela iria ou não percorrer o trajeto retilíneo”, complementa.
No dia 25 de setembro, todas as bolas feitas pelos alunos foram para a pista de teste de linearidade. Após percorrer uma pista de quatro metros de comprimento, feita em MDF, a bola precisava acertar um gol de 40 centímetros de largura. Logo em seguida, foram para a prensa hidráulica, que calculou quantos quilonewtons de carga elas poderiam suportar.
“O Bol-Construction é uma atividade que instiga nossos estudantes a integrar seus conhecimentos e a buscar soluções inovadoras para o desafio que é construir uma bola de concreto leve, mas que seja resistente”, enaltece a coordenadora de Engenharia Civil, professora Vivian Siffert Wildner.
Semana Acadêmica 2025.2
O Desafio encerrou a programação da Semana Acadêmica do curso, que foi realizada entre os dias 23 e 25 de setembro. Com a presença de palestrantes externos, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer diferentes áreas de atuação profissional.
Na palestra de abertura, os acadêmicos receberam o diretor regional do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina – CREA –SC, Nik Imhof, que apresentou o trabalho de fiscalização de obras realizado pelo órgão. Na sequência, a engenheira Pamella Adryan falou sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica para Estudantes, a ART Jr., um documento simulado que permite aos acadêmicos se familiarizar com o preenchimento da ART profissional e preparar-se para uma atuação profissional responsável e ética.
No mesmo dia, o advogado e sócio da Requena Advocacia e Assessoria em Direito Imobiliário, Adriano Requena, acompanhado da egressa do curso, engenheira civil e sócia da EC3 Engenharia, Maiara Valiati Zimmermann, abordaram a atuação do profissional de engenharia em laudos de regularização imobiliária, conectando engenharia e direito imobiliário.
No segundo dia de programação, o engenheiro Alex Cando, da empresa Sienge de Florianópolis, compartilhou com os acadêmicos algumas ferramentas de gestão de obras e enfatizou a importância da utilização de softwares para a elaboração de orçamentos e para facilitar o gerenciamento do dia a dia dos engenheiros.
Por fim, o egresso do curso, Fabricio Marcos de Oliveira e as profissionais Maria Eduarda Fabian e Luiza Aragão Gerhardt Cezar, da ObrasDig, das cidades de Balneário Camboriú e Itapema, conversaram com os acadêmicos sobre as novas tecnologias de digitalização 360° para acompanhamento de obras.
“Foi uma semana de muito conhecimento e de integração entre estudantes de diferentes fases e profissionais da área. Isso permitiu que os nossos acadêmicos conhecessem suas possibilidades de atuação profissional, descobrissem a gama de oportunidades que há no mercado de trabalho e se preparassem para os desafios de uma construção civil cada vez mais tecnológica”, completa a coordenadora.
Confira as fotos da Semana Acadêmica de Engenharia Civil 2025.2:
