Depois de morar oito anos em Portugal e cerca de um ano em Angola, o professor de Educação Física, Filipi Lima, voltou ao Brasil e esteve no Centro Universitário de Brusque – Unifebe, onde conversou com os acadêmicos da 8ª fase do curso de Educação Física.
Lima falou sobre os desafios da profissão fora do Brasil. Diferenças, anseios dos profissionais de cada país e a valorização da área nas distintas culturas. "A Educação Física do Brasil conseguiu dar um passo a mais em relação à Espanha e Portugal. Estamos com um nível de Educação Física muito mais avançado nas atividades como voleibol, futebol, preparação física e academia", disse ele.
Lima conversou com os estudantes na própria sala de aula e deu dicas para quem planeja uma carreira internacional. "O acadêmico deve conhecer as peculiaridades do local, como a cultura. Muitas pessoas saem do Brasil com sonhos e acabam não se adaptando. O clima é diferente, os costumes são outros, a gastronomia também", enfatizou.
Por isso, para quem deseja seguir a carreira de educador físico fora do Brasil, o conselho do professor é que o profissional fique cerca de três meses no novo país para se adaptar. Em seguida, é preciso preparar um bom currículo. "O profissional de Educação Física é muito valorizado fora do Brasil. Eles procuram muito os brasileiros para as aulas de grupo, preparação física, natação e musculação", evidenciou.
Sobre Angola, Lima destacou que muitos brasileiros começam a trabalhar no local. "Angola é um país diferente, que ficou muito tempo em guerra. Então, a mão de obra é zero. As pessoas começaram a ir para a universidade, mas eles têm outras prioridades, como a construção da cidade. A Educação Física não é prioridade, mas lá têm muitos profissionais brasileiros começando do zero. É uma terra para ser descoberta", relatou.
A conversa dos acadêmicos com o educador físico formado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e pós-graduado pela Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc) foi uma iniciativa do professor da disciplina de Empreendedorismo na Educação Física, George Roberts Piemontez.
Texto: Suelen Cerbaro
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social