O debate acerca da programação da Semana Internacional de Orgulho LGBTQIAPN+ contou com programações especiais no campus Santa Terezinha do Centro Universitário da Fundação Educacional de Brusque. Em alusão à data, foram organizadas a V Semana contra LGBTfobia e a VI Semana do Orgulho LGBTQIAPN+. A programação foi elaborada pelo Laboratório de Cidadania e Educação em Direitos Humanos (Lacedh).
A programação semanal teve a participação do pró-reitor de Graduação, professor Sidnei Gripa, em sua abertura e contou com atividades como a exposição “Livros para se Orgulhar”, organizada pelo professor André Luiz Avelino da Silva. Ela levou sugestões culturais que abordam o tema ao Átrio do Bloco A da instituição, com murais, exibindo imagens das capas e sugestões de publicações nos mais diferentes gêneros editoriais eram feitas com a disponibilidade de QR Codes para resumos das obras.
Virtualmente, a programação contou com a participação de acadêmicos do curso de Psicologia da UNIFEBE. André Alónso Marques, da 9.ª fase mediou a live “LGBTfobia: Reconhecer para Combater”. A programação contou com a participação do mestrando em Direito pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Kaio Figueiredo Salvador, e do cientista social e mestrando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da mesma instituição, Willian Ricardo Binsfeld.
Outra programação on-line reuniu a bibliotecária, autora e criadora de conteúdo, Melissa Maria da Silva, e a advogada e ativista, Robeyonce Lima. A live “Resistências para se orgulhar” foi mediada pela acadêmica da 3.ª fase do curso de Psicologia, Ana Raquel Moraes Teixeira.
Segundo a acadêmica, abordar os temas é importante por romper uma tendência de marginalização dos debates. Ela ressalta o papel do debate na promoção da diversidade. “Falar sobre LGBTfobia e transfobia é essencial, porque são temas que muitas vezes são ignorados ou tratados com preconceito”, indica Ana. “Acredito que os debates contribuíram bastante para ampliar o olhar da comunidade acadêmica, gerar empatia e trazer mais consciência sobre a importância do respeito, da inclusão e da luta por direitos”.
Ação transformadora
Representante do Lacedh, o professor Ricardo Vianna Hoffmann classifica a programação como a demonstração de um compromisso contínuo da UNIFEBE e do laboratório com a promoção dos direitos humanos e a construção de uma universidade mais plural, democrática e fraterna. O professor ressalta que a participação de acadêmicos, professores e convidados promoveu a empatia, consciência crítica e ação transformadora. “Eventos como este não apenas sensibilizam, mas também formam, e são justamente esses os objetivos da Educação em Direitos Humanos”, afirma.
De acordo com ele, a escolha dos temas abordados seguiu a decisão da comissão organizadora, considerando a necessidade de promoção de discussões acerca das violências estruturais, trajetórias de resistência e a afirmação de identidades.
“O modelo adotado, que articula o formato virtual com intervenções visuais e culturais presenciais, possibilitou maior abrangência de público e ampliou os espaços de diálogo dentro e fora da universidade. As lives reuniram convidados com trajetórias acadêmicas, contribuindo para uma abordagem interseccional, crítica e sensibilizadora sobre a realidade da população LGBTQIAPN+ no Brasil”, descreve.