Dois artigos produzidos por estudantes do curso de Pós-Graduação em Gestão da Cadeia Têxtil foram escolhidos para compor a edição de outubro da revista ABQCT, da Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis. A publicação é conceito 2 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e reconhecida pelo seu prestígio no meio acadêmico.
A revista conta com 1500 exemplares distribuídos entre professores, assinantes, indústrias e empresas de todo o país. Para a publicação, as produções haviam sido submetidas pelo Coordenador do curso, professor Wallace Nóbrega Lopo, que celebrou os resultados avaliados dos materiais.
Como coorientador, junto da orientadora do curso, professora Deise Amorim Dognini, ele assina os trabalhos e ressalta a importância da divulgação das produções locais. “Sempre que publicamos artigos do curso, não só nessa revista como em outros periódicos e eventos, divulgamos e mostramos para a sociedade os resultados do curso para as empresas têxteis, já que são trabalhos aplicados na prática e não só na teoria”, destaca.
Para a estudante Sandy Carolaine Vanelli, que assina “Metodologia para integrar a preparação e o tingimento de malhas utilizando corante reativo para a redução do tempo de processo e reutilização da água”, a produção atenta para demandas atuais da indústria têxtil, cada vez mais voltada à otimização e redução de desperdícios. A busca por soluções inovadoras para a indústria, avalia a estudante, é parte da formação de alto nível promovida e incentivada pelo curso.
Desenvolvimento e reconhecimento
Ela classifica a publicação como uma surpresa positiva e um reconhecimento ao esforço, dedicação e à relevância do trabalho desenvolvido. Ela também reforça o papel dos orientadores na produção e resultado do material publicado.
“O artigo apresenta uma metodologia sustentável para integrar preparação e tingimento de malhas com corantes reativos, reduzindo o tempo de processo, reutilizando água e otimizando recursos”, descreve. “O tema surgiu da necessidade de inovação no setor têxtil, aliando eficiência e sustentabilidade”.
Assim como ela, o estudante Luiz Junior Viana de Melo buscou formas de melhorar os resultados obtidos em processos industriais. Ele assina o artigo “A influência dos amaciantes graxos e siliconados na solidez das cores das estampas rotativas com pigmentos”.
As colorações e tonalidades são parte da rotina profissional do estudante, que estima que 90% da produção seja voltada para a estampa de pigmentos. Segundo ele, as dificuldades da indústria com a solidez das estampas são recorrentes, muito por influência do acabamento utilizado.
Contente com a publicação e o resultado dos cerca de quatro meses de pesquisa e testes, o estudante acredita ter abordado uma demanda importante do setor. “Isso acaba interferindo diretamente na solidez, porque esse acabamento que tem sobre o tecido, esse amaciante, acaba fazendo com que o ligante que está presente no pigmento não forme o filme por completo entre o tecido e o pigmento”, explica.
A busca por melhorar o desempenho da atividade e ampliar a literatura sobre o tema motivou a pesquisa de Luiz. Para os testes, ele utilizou seis cortes de tecido de meia malha, 100% algodão, para testar receitas com concentrações diferentes do amaciante em cada. No teste, tanto produtos à base silicone quanto graxos foram utilizados.