Ao assumir os personagens de um jogo, os acadêmicos de Psicologia do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) foram desafiados a usar suas habilidades e conhecimentos para, em conjunto, concluir o objetivo. Este foi o propósito da dinâmica apresentada pelo professor André Thieme, no componente curricular Teorias e Técnicas de Dinâmica de Grupo, por meio da atividade “O Jogo da Colaboração: Como o RPG aprimora as habilidades sociais nas empresas”.
De acordo com o docente, durante o jogo alguns acadêmicos se dispuseram para participar, como jogadores, enquanto outros, acompanharam como espectadores. No Jogo da Colaboração, o narrador, membro da empresa Jornada Quest, organização que realiza treinamentos em equipes, determinava o caminho que cada jogador percorreria. A partir da profissão escolhida pelo competidor, eles poderiam usar suas forças e fraquezas para atingir o objetivo proposto.
As ações também eram determinadas pelos dados jogados pelo narrador. Quando os dados passavam de seis, os jogadores poderiam realizar as ações planejadas, já abaixo desse número, eles eram instigados a pensar em alternativas para aquela problemática.
No jogo, a acadêmica Amanda Batista Comim escolheu ser médica, na premissa que em um apocalipse zumbi, tema do jogo, um avião buscaria os sobreviventes. “Como reforço ganhei um kit de primeiros socorros e cartas de cura, mas como fraqueza meu personagem era teimosa. Com isso, ao longo do jogo, pudemos praticar uma série de habilidades e competências que valorizassem esses pontos fortes e fracos do grupo e que nos fizessem chegar até o final”, relata a estudante.
O RPG e a Psicologia
Bastante aplicado na educação, o Role-Playing-Game (RPG) é um jogo de narrativa aberta em que os jogadores decidem o que vão fazer na história e descobrem o resultado da sua ação a partir da rolagem de dados e verificação das regras, muitas vezes definida pelo narrador.
Por trabalhar com a imaginação dos participantes, a dinâmica proporciona uma variedade de cenários, possibilitando a criação de diferentes situações em que habilidades em específico podem ser desenvolvidas.
“O mundo do trabalho sempre está em inovação e isso também se estende ao processo de RH e treinamento de pessoas. Nesse sentido que, o RPG cria condições para que a pessoa ensaie diferentes habilidades em um contexto seguro, mas que sinta o resultado, tendo feedback em como a narrativa progride. Para os futuros profissionais, foi essencial visualizar na prática, pois o jogo ressalta as características de cada um e contribui para valorizar isso no ambiente de trabalho”, esclarece o professor André Thieme.
O acadêmico Deveid Wesley Oliveira Czelen, da 4ª fase do curso, acompanhou como espectador as ações propostas na dinâmica. “Como espectador notamos detalhes que não são percebidos pelos principais players, e esses detalhes são enriquecedores para aprender aspectos específicos que são importantes. A atividade contribuiu muito para o desenvolvimento profissional, pois me trouxe uma outra visão de como atuar no mercado de trabalho e no dia a dia com as pessoas, especialmente durante as aulas do curso”, complementa Deveid.
As dinâmicas interativas como ferramentas de atuação do profissional de Psicologia, destaca a coordenadora do curso, professora Andréia Martins, são recursos de grande aplicabilidade no mercado de trabalho. “Proporcionar essas vivências e possibilidades ao longo do curso ampliam a visão do estudante de como ele pode aplicar seus conhecimentos e potencializar isso nas empresas”, ressalta a professora.
Para que os acadêmicos tenham o conhecimento e a experiência relacionada às dinâmicas de grupo, os propositores da empresa Jornada Quest também abordaram a experiência de mercado e demonstraram a dinâmica de treinamento.
Confira as fotos da atividade:
