Paz. Liberdade. Trabalho. Vida. Todos iguais porque humanos, mas no fim das contas, todos diferentes. Duas caixas ficam pequenas para separar a humanidade em masculinos e femininos. Foi o que demonstrou a terceira edição da Mostra de Cinema Galo de Gala, realizada na noite de quinta-feira, 1º de junho, pelo curso de Publicidade e Propaganda da UNIFEBE, no teatro do Centro Empresarial. E se essas caixas transbordam diferenças, cabe à sociedade conviver com elas.
No teatro, de repente um aplauso. Outro. E mais outro. Enquanto mãos se unem para enaltecer os responsáveis pelos cinco curtas-metragens sobre Gênero apresentados, os olhares se voltam para os verdadeiros homenageados da noite.
De um minuto para o outro quem precisa de respeito no lugar de aceitação, empatia em vez de sarcasmo, ou solidão para não fingir ser outra pessoa, tem sua voz ouvida. Não pedem muito.
— Libertem a cabeça. Inventem rótulos para os produtos de mercado, não para o indivíduo. Respeito não é só bom, é necessário — pede o coordenador Rafael Zen, que dividiu o palco com a professora Daniela Rebelo na apresentação do evento.
Esse também é o pedido de todos os envolvidos na produção dos documentários que disputam um Galito (troféu produzido pelos alunos da primeira fase com a técnica de Papietagem). São eles: Vai pra rua e ahaza, Festa da Bixa Preta, Inconstante, Sangue Amargo e Oi Marina.
O Galito da categoria Melhor Filme foi para Festa da Bixa Preta, que investiga a identidade de gênero como manifestação na periferia de Blumenau (SC) e a ação do grupo Corpo Livre na Festa da Bixa Preta, realizada no mesmo município.
— Estamos emocionados. Trouxemos histórias reais e nos envolvemos com essas narrativas. É um orgulho ser reconhecido por isso e ter nossa família e amigos celebrando conosco algo tão importante para a sociedade. Um tema que não tratamos no dia a dia, mas que com o passar do tempo fica natural e fluido. Temos que olhar para as pessoas simplesmente como pessoas. É assim que conseguimos nos livrar de preconceitos — destaca a acadêmica Taina Schwamberger.
Para a pró-reitora de Ensino de Graduação, Heloisa Maria Wichern Zunino, o evento surpreende pela qualidade técnica dos curtas apresentados.
— Todos os alunos demonstraram um enorme potencial. Esses trabalhos acadêmicos e locais nada devem a produções nacionais. Espero não perder o quarto Galo de Gala — elogia.
Da mesma forma, o reitor da UNIFEBE, Günther Lother Pertschy, enaltece todos os envolvidos, em especial os personagens apresentados nos filmes.
— Esta edição foi fantástica. Fico orgulhoso em saber que os nossos meninos trazem para a academia temas de relevância mundial e fazem com que a sociedade reflita, respeite, busque harmonia e compreenda que a diferença é normal — destaca.
Os vencedores da noite:
Melhor Direção de arte: Marcele Frainer e Thais Duarte (Vai pra rua e ahaza)
Melhor roteiro: Lucas Xavier e Gabriel Wandalen Corrêa (Sangue Amargo)
Melhor fotografia: Patrick Zanca (Festa da Bixa Preta)
Melhor elenco: Oi Marina
Melhor design de som: João Minatti (Festa da Bixa Preta)
Melhor figurino e maquiagem: Francini Maurici (Inconstante)
Melhor videografismo: Joana Rocha Araldi (Sangue Amargo)
Melhor edição: Lucas Bueno (Sangue Amargo)
Melhor direção: Patrick Zanca (Festa da Bixa Preta)
Prêmio relevância social: Sangue Amargo
Melhor filme do Galo de Gala 2017: Festa da Bixa Preta
Texto: Thayse Helena Machado
Fotos: Suellen Pereira Rodrigues
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