A Unifebe – Centro Universitário de Brusque em parceria com o SESC – Serviço Social do Comércio promove nesta quarta-feira, dia 19, a palestra “Franklin Cascaes, uma história das mentalidades”, proferida por Fernando Lindote. O evento será realizado às 20h, no Auditório do Bloco C da Unifebe, no bairro Santa Terezinha, com a entrada franca.
O gaúcho Fernando Lindote, radicado em Florianópolis, que fará a palestra sobre “Franklin Cascaes, uma história das mentalidades” é um artista multimídia. Teve seu aprendizado nos ateliês de Renato Canini, Osmar Santos e Luiz Alberto Ospitaleche. Em 1984 recebeu premiação da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de SC e em 1985, o Prêmio Pirelli no Salão Pintura Jovem, realizado no MASP. Também detém o Prêmio Aquisição do ‘X SNAP’, Funarte/RJ. Em 2005, foi o representante catarinense para a 5ª Bienal do Mercosul, e, mais recentemente, expôs no “Panorama da Arte Brasileira”, MAM-SP e na coletiva ‘Redemergentes’, da Funarte/Rio. É um artista representado no acervo do MASC – Museu de Arte de Santa Catarina.
A exposição “Mitologia Marinha” de Franklin Cascaes pode ser visitada no Bloco A da Unifebe, das 8h às 12h e das 13h às 22h. Na seleção das obras que compõem a Mostra “Mitologia Marinha”, o critério foi o de explorar na obra o universo do imaginário, a interface entre o real e o fantástico. Nestas obras, Cascaes cria uma ponte entre o mundo possível e o mundo ficcional. São 19 desenhos elaborados em grafite ou nanquim sobre papel, realizados ao longo de 20 anos de atividades, de 1960 a 1980.
A palestra e a exposição fazem parte das comemorações do centenário de nascimento de Franklin Joaquim Cascaes (1908-1983). A Fundação Cultural de Florianópolis, que leva o nome do artista, realizará uma extensa programação com o objetivo de homenagear um dos mais importantes artistas catarinenses. “O historiador, pesquisador, ecologista, artista plástico e folclorista que dedicou parte de sua vida ao registro das tradições, usos e costumes do povo ilhéu”.
O talento de Cascaes foi descoberto na Semana Santa de um ano qualquer da década de 20, quando a Praia de Itaguaçu ganhou uma série de esculturas, retratando a Via Sacra. O respeitado professor e escultor paulista, Cid da Rocha Amaral, ficou encantado com o que viu e quis conhecer o autor da proeza. Encontrou um adolescente tímido, que tivera uma rigorosa educação religiosa. Franklin beirava os 20 anos e nunca havia entrado em uma sala de aula. Seu pai achava que estudar era algo delicado demais e que o homem de verdade tinha que trabalhar na roça. Vencida a resistência paterna, Franklin aproveitou o incentivo para recuperar o atraso até se tornar professor da antiga Escola Industrial, onde iniciou seus estudos.
Para agendar visitas monitoradas à exposição “Mitologia Marinha” o contato pode ser feito pelo telefone (47) 3211 7227 ou pelo e-mail extensao@unifebe.edu.br.