Conhecimento compartilhado
Segundo o acadêmico, para além das práticas, um momento marcante da edição foi a interação dos participantes com os integrantes do grupo Kosmos Rocketry, composto por acadêmicos da UFSC Joinville. Eles são considerados uma referência em projetos de foguetes e compartilharam parte de sua expertise durante o evento de abertura da programação.
“A presença deles proporcionou uma experiência enriquecedora, estimulando o interesse e a criatividade dos alunos, além de aproximá-los de práticas reais de engenharia aeroespacial”, afirma.
Para o coordenador dos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção da UNIFEBE, professor Wallace Nobrega Lopo, a iniciativa é uma oportunidade para que os acadêmicos atuem e trabalhem com um tema ainda pouco recorrente na região.
Grupos formados por acadêmicos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia Civil e Engenharia Química da UNIFEBE compuseram o pódio de melhores desempenhos registrados na edição 2025 do Desafio Propulsores do Futuro. Eles se destacaram após os lançamentos dos foguetes em Brusque, que alcançaram até 204 metros registrados.
Cada grupo participante pôde realizar até três lançamentos, sendo considerado para a pontuação total o melhor deles. Para definir o campeão, foram avaliados o desempenho, considerando a distância alcançada pelo modelo, e a criatividade e a inovação no design e na construção. Outros critérios, como a qualidade da construção e a compatibilidade, que reconheceram os foguetes mais leves e menores, também foram levados em consideração.
A iniciativa do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) e do Crea Jr. SC visa o estímulo da inovação no setor aeroespacial. A programação contou com momentos de interação com especialistas e com práticas de ferramentas de simulação e de projeto das unidades participantes.
Acadêmico do curso de Engenharia Mecânica e representante da coordenação regional do Crea Jr. SC, Luís Fernando Sapelli, salienta que a atividade possibilitou exercitar a capacidade de tomada de decisão, resolução de problemas, autonomia e criatividade e a aproximação entre o conhecimento teórico e prático. Outro reflexo da atividade indicado por ele é a oportunidade de aprendizado aplicado e integração.
“Trabalhar com um assunto dessa modalidade desperta o interesse daqueles que pretendem se destacar no futuro mercado de trabalho. Outro ponto muito importante que destaco é o fato de poderem trabalhar com colegas de outros cursos de engenharia. Isso é fundamental, pois, ao saírem da graduação, esse tipo de parceria pode e deve ocorrer na rotina de atuação dos engenheiros”, salienta.
Os ganhadores
1.º – Yuri Melzi e Gabriel de Almeida Schmid (Engenharia Mecânica – UNIFEBE): 204 metros e 122 pontos
2.º – James Andrey Luz, Kaline Rodrigues, Michael Jesus Millnitz e Rodrigo Veneri (Engenharia Civil e Engenharia Química – UNIFEBE): 170 metros e 105 pontos
3.º – Lucas Gabriel da Silva dos Santos, Ricardo Franzoi, Matheus Felipe Baron Huber e Erick Baron (Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção – UNIFEBE): 132 metros e 86 pontos