Difícil descrever em palavras o som harmonioso proveniente dos sinos. Graves ou agudos, a junção e sincronia eram perfeitas. Nenhum outro instrumento musical ou letras acompanhavam a performance. Na última sexta-feira, dia 1º, brilhou no Centro Universitário de Brusque – Unifebe, o Coral dos Sinos de Lakeside, de Virgínia, Estados Unidos.
Faltaram cadeiras no auditório para prestigiar a arte. Logo na entrada, os músicos surgiram da platéia e ocuparam o devido lugar no palco, sem perder o ritmo. Agilidade até mesmo para virar as páginas, enquanto as mãos astutas elevavam os sinos para alto e para baixo, lá na frente ou logo atrás.
O repertório natalino complementava o instrumento musical que não manifestava som apenas no ar. Movimentos leves na direção do peito ou na altura da barriga mostravam toda a desenvoltura dos 11 coralistas.
A apresentação era conduzida pela regente Jeanne Bluford e sua maestria calava-se apenas diante dos aplausos que ecoavam pelo local, no fim de cada música. “Apresentar nossa arte no mundo é maravilhoso e nós queremos desejar paz a todos os povos”, declarou a regente.
A reitora da Unifebe, Maria de Lourdes Busnardo Tridapalli também acompanhou a apresentação. Para ela, conferir esta oportunidade foi um momento único e bastante inusitado, no qual se revelou a incrível capacidade do homem em extrair beleza e arte de qualquer circunstância, até mesmo no comando de sinos.
Para fechar o encontra da forma mais emocionante, os coralistas trocaram suas luvas brancas por um conjunto verde-amarelo e solicitaram que a platéia ficasse me pé. Era a condução do Hino Nacional Brasileiro, tocado da forma mais surpreendente para muitos que estavam no local.
Fonte: Jornal Município Dia-a-Dia 04/12/2006 (Por Guédria Baron Motta)