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14 de julho de 2022
por: Olga Luisa dos Santos
Olga Luisa dos Santos

Trabalho desenvolvido por acadêmicos da UNIFEBE visa auxiliar deficientes visuais a identificar pontos turísticos de Brusque

Estudantes de Design Gráfico e Publicidade e Propaganda criaram maquetes e trilhas informativas em áudio.

Em parceria com a Associação dos Deficientes Visuais de Brusque (ADVB), os acadêmicos de Design Gráfico e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) desenvolveram uma série de ações que visam, além da inclusão, facilitar que os deficientes visuais identifiquem importantes áreas como praças, monumentos e pontos turísticos de Brusque.

Antes de iniciar o projeto, os estudantes foram instigados a vivenciar a universidade de um jeito diferente. Vendados, os alunos precisaram explorar a UNIFEBE para entender a importância dos sons e dos toques na identificação dos espaços. Depois de inúmeras pesquisas, orientadas pelos professores do curso e de conversas com os representantes da ADVB, os acadêmicos iniciaram a missão de criar maquetes que permitissem aos deficientes visuais identificarem, com as pontas dos dedos, alguns dos pontos do município.

A acadêmica de Publicidade e Propaganda, Marieli Silva Freitas, revela que um dos maiores desafios do projeto foi trabalhar com os sentidos além da visão, já que as áreas da publicidade e do design focam muito na produção de materiais visuais.  “As atividades de extensão são importantes instrumentos durante a nossa formação, pois nos tiram da zona de conforto.  Para compreender de que forma atingiríamos o objetivo de comunicar sobre aqueles ambientes tivemos que trabalhar nosso tato e audição. Na área de comunicação, o ato de escutar e entender é indispensável e precisa ser feito de forma consciente para que os objetivos de cada campanha, ação e projeto sejam alcançados”, relata Marieli.

 

 

A equipe do acadêmico de Design Gráfico, Wellington Vanelli, ficou responsável por produzir a maquete, captar os áudios de ambientação e gravar as trilhas informativas do Terminal Urbano. Ele explica que, apesar de estarem em grupos distintos, todos os estudantes se ajudaram para manter um padrão na elaboração da maquete. Cada detalhe foi pensado com muito cuidado pelos alunos, já que o intuito era expressar, por meio da maquete, os espaços seguros para caminhada e os pontos específicos de passagem de ônibus. Além disso, o material utilizado para a confecção das maquetes também foi bem avaliado pelos estudantes, visto que as texturas do material impactariam na comunicação da mensagem.

“Foi um projeto bem interessante, que vou levar para minha vida pessoal e profissional. Ao criar as maquetes precisamos nos colocar no lugar desses deficientes visuais, ignorar a estética visual do produto e focar na parte física/material. Com esse trabalho tivemos ainda mais certeza de que tudo é design, e pensá-lo de uma maneira consciente e inteligente pode melhorar vidas e incluir as pessoas na sociedade”, acrescenta Wellington.

 

 

Além das maquetes, os acadêmicos produziram fotografias de 11 pontos de Brusque. Pensando em auxiliar os portadores de baixa visão a identificarem alguns dos locais mais conhecidos do município, as imagens foram impressas em grandes formatos, e os estudantes também captaram áudios de ambientação e as trilhas informativas desses locais, que podem ser acessadas via QR-codes.

Para o presidente da ADVB, Sidnei Pavesi, o trabalho desenvolvido pela universidade foi de grande valia para as pessoas com deficiência visual. “Com as maquetes é possível ter noção do espaço físico, e o mapa mental auxilia no deslocamento por esses trajetos. Esse projeto com certeza contribui para que as pessoas com deficiência da nossa cidade possam ter ainda mais autonomia. Nosso desejo é que mais iniciativas dessa natureza possam ser realizadas em parceria com a universidade e que mais pessoas entendam o verdadeiro sentido da inclusão”, destaca Sidnei.

O resultado do trabalho desenvolvido ao longo do primeiro semestre na Curricularização da Extensão foi transformado na exposição interativa “Brusque na ponta dos dedos”. As maquetes e fotografias ficarão expostas na UNIFEBE, até dia 28 de julho.

“Ser criativo utilizando bem pouco os recursos visuais foi um desafio para os dois cursos, mas com certeza possibilitou que eles desenvolvessem competências e habilidades para que, por meio do tato e da audição, os deficientes visuais se sentissem incluídos em diversos ambientes do município de Brusque. Como futuros profissionais da comunicação é essencial que eles vivenciem essas experiências, percebam a necessidade do outro e desenvolvam soluções criativas para esses anseios. Estamos muito felizes e orgulhos pela parceria e com o resultado alcançado pelos acadêmicos”, conclui o coordenador de Publicidade e Propaganda e Design Gráfico da UNIFEBE, Thiago dos Santos.

Curricularização da Extensão

A pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura da UNIFEBE, professora Edinéia Pereira da Silva, elucida que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes e promove intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.

Os projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, desenvolvidos na Curricularização da Extensão articulam ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “As atividades desenvolvidas são relacionadas à formação universitária do estudante, que desenvolve trabalhos que contribuem com a comunidade e promove um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, ressalta a professora Edinéia.

 

 

Fale Conosco / Assessoria de Comunicação Social:

comunicacao.assessor@unifebe.edu.br / 47 3211-7223

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