Edinéia explica que o único pesquisador brasileiro que teve acesso e mencionou em suas publicações sobre a existência da roupa de Anita Garibaldi foi Wolfgang Ludwig Rau, em 1969. Na época ele apenas publicou uma foto da peça, que na ocasião estava exposta no museu. De lá para cá, a peça saiu da exposição, já que normalmente artefatos do século XIX não ficam expostos, em razão das alterações sofridas nas tramas do tecido.
Para ter acesso e poder manusear as peças, a instituição iniciou as tratativas com o Museu Italiano e, em setembro, recebeu a autorização do Diretor dos Institutos Culturais e do Chefe dos Museus Estaduais. “As peças chegaram em uma enorme caixa preta, com uma grande etiqueta “abito di Anita Garibaldi”, carregada pelo responsável do museu e mais três pessoas. O traje pertenceu a Anita, passou por análise e restauro de profissionais da Itália. Além de possuir muitos indícios de uso, há elementos que não eram comuns para época, como bolso na saia e outras especificidades”, revela Edinéia.