Acadêmicos da 4ª fase do curso de Fisioterapia tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura e o centro de treinamento da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville, durante visita técnica. A atividade semestral é uma forma de aproximar os futuros profissionais de fisioterapia com as realidades possíveis de atuação profissional.
Existente desde o ano 2000, a unidade sediada no norte catarinense é a única mantida fora da Rússia. Na companhia profissional do Teatro Bolshoi, considerada patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas, segundo o site oficial, há quatro brasileiros. Destes, três são formados na Escola Brasileira.
Segundo a professora Paola Lima, a busca por áreas diferentes de atuação na fisioterapia tem sido um dos focos na busca por visitas técnicas. A escolha pelo Bolshoi ocorreu pelo alto desempenho e atuação de quatro profissionais de fisioterapia, além de um nutricionista no contexto da escola. O grupo atua em um núcleo interno voltado para a saúde dos dançarinos. No local, os representantes da UNIFEBE ainda conheceram a estrutura como refeitórios, salas de dança, sala de piano e pode conhecer mais sobre a história da escola.
O acompanhamento especializado, como indica a professora, deve-se à exigência na rotina de até seis horas de ensaios. Segundo ela, mesmo em um contexto diferente do mais habitual para um profissional de fisioterapia, foi possível verificar a participação desse profissional para auxiliar no desempenho dos espetáculos e processo de formação.
“Devido à metodologia utilizada, eles costumam exigir um alongamento muito maior dos bailarinos, assim como posturas específicas”, relata a professora. “A monitora que nos acompanhou relatou que o fisioterapeuta acaba sendo o ‘melhor amigo’ do dançarino para que ele consiga executar o movimento perfeito com as posições e alongamentos perfeitos, sem nenhum tipo de lesão”.
Atuação profissional
Para a coordenadora do curso de Fisioterapia, professora Leilane Marcos, a interação é uma parte importante do processo de formação dos acadêmicos. Ela destaca também a possibilidade de interação com outras realidades de atuação.
“É um momento de contato com o mercado de trabalho da Fisioterapia para que os alunos percebam a importância das disciplinas e atividades acadêmicas para seu futuro profissional”, descreve.
A acadêmica Danieli Coelho classifica a visita como uma experiência diferente das que já havia tido no curso. Segundo ela, o contato com as diferentes áreas do ramo é importante para auxiliar a descobrir com quais consegue desenvolver uma identificação maior.
“Pudemos tirar o dia para aproveitar, conhecer e aprender. Conhecemos o espaço e um pouco sobre a história do Bolshoi, pudemos ver a sala onde os alunos recebem o atendimento dos fisioterapeutas e conseguimos até assistir a uma parte dos ensaios dos alunos, é tudo muito lindo”, relata. “É muito bom poder conhecer de pertinho as áreas da fisioterapia, que são tantas”.