Acadêmicos da 6.ª fase do curso de Pedagogia da UNIFEBE conheceram a atuação voltada à Educação de Jovens e Adultos (EJA) mantida na escola brusquense Oscar Maluche, no bairro Steffen. A interação com professores e estudantes ocorreu durante visita técnica organizada pelo curso.
Acompanhados pela professora Fabiana Boos Vásquez, o grupo foi recepcionado, na escola, pelo diretor da Educação de Jovens e Adultos de Brusque (EJA), Renato Hörner, pela coordenadora pedagógica, Daniela Horr Martins; e pela professora alfabetizadora, Ana Paula de Souza. “A Educação de Jovens e Adultos representa muito mais do que a oportunidade de concluir os estudos. Ela também é uma chance de fortalecer a autoestima e autonomia das pessoas que, por diferentes razões, tiveram seu percurso escolar interrompido”, avalia a professora Fabiana, classificando a visita como uma experiência marcante e emocionante.
De acordo com ela, a possibilidade de interação com professores e estudantes aproximou os acadêmicos da modalidade de ensino e das realidades individuais. A professora salienta a troca de experiências e histórias de vida.
“Cada estudante traz consigo experiências de vida ricas e singulares, que se tornam parte do processo de aprendizagem. Por isso, o professor não visa somente transmitir conteúdos, ele valoriza a escuta, o respeito e a troca de saberes, criando um ambiente de inclusão e cidadania”, descreve.
Reconhecimento
Para a coordenadora dos cursos de Pedagogia e Pedagogia – Anos Iniciais, professora Gissele Prette, a programação proporcionou aos acadêmicos a compreensão da aplicação prática das teorias abordadas em sala de aula. Segundo ela, a atividade está alinhada ao compromisso do curso, de formar educadores sensíveis, éticos e preparados.
“A Educação de Jovens e Adultos é um espaço de acolhimento e de novas oportunidades, no qual cada trajetória de vida traz saberes que inspiram e ensinam. Esse contato mostrou aos nossos estudantes que atuar na EJA vai além de ensinar conteúdos: é escutar, respeitar histórias e abrir caminhos para a inclusão”, descreve a professora.
Entre os acadêmicos participantes, Renata Raulino acredita que o roteiro colaborou para reforçar a importância da educação voltada àqueles que precisaram interromper a educação formal em algum momento da vida. Ela afirma que o roteiro ampliou sua percepção acerca da diversidade de modalidades educacionais, o papel da empatia, da paciência e da criatividade no processo e a atuação da ação do professor para transformar a educação em um instrumento de transformação.
“A importância de saber ler e escrever para conseguir viver em nossa sociedade é, sem dúvida, essencial e transformadora”, ressalta, a acadêmica, que destaca a força de vontade e as histórias dos estudantes. “O mais bonito de tudo é perceber que nunca é tarde para aprender. Fiquei muito surpresa com os depoimentos e emocionada ao ouvir a história de cada estudante. Eu não conhecia profundamente essa modalidade de ensino, e pude compreender o quanto ela é fundamental.”
Segundo ela, o relato sobre a atuação da professora responsável pela alfabetização da turma demonstrou sensibilidade e dedicação à docência. Renata exemplifica com o relato da elaboração de planos educacionais específicos para as necessidades de cada estudante, valorizando a sua trajetória e potencialidades individuais.