As acadêmicas da 3ª fase do curso de Pedagogia da UNIFEBE participaram no dia 6 de março, de uma roda de conversa sobre os Saberes e Práticas na Alfabetização das crianças. O tema foi abordado pela professora da rede municipal de Itajaí e coordenadora pedagógica do Colégio de Aplicação da Univali – CAU, Daniela Gomes Medeiros.
Na fala com as futuras pedagogas, a especialista em alfabetização apresentou uma série de atividades lúdicas desenvolvidas com as crianças, além de compartilhar suas vivências e experiências de sala de aula. “A conversa com a professora Daniela fez com que eu me interessasse ainda mais pela educação. A exposição das atividades evidenciou que muitas práticas aplicadas com essa faixa etária possibilitam a diversão e o aprendizado. Com certeza a roda de conversa agregou muito para o meu futuro profissional”, revelou a acadêmica Emanueli Regina de Souza.
A ação pedagógica integrou o componente curricular Alfabetização e Letramento: saberes e práticas, ministrado pela professora Luciane Oliveira da Rosa, e teve como objetivo proporcionar às acadêmicas um momento de aprendizagem, integrando teoria e prática. “O diálogo com a professora Daniela Gomes Medeiros com vasta experiência em alfabetização de crianças, agregou valor à formação das futuras professoras que puderem refletir sobre esse processo e conhecer metodologias para que a alfabetização aconteça de forma natural, conectado à vida, e que imprima uma leitura crítica e consciente da palavra e do mundo, como já destacou o educador Paulo Freire”, evidencia Luciane.
Para a coordenadora de Pedagogia da UNIFEBE, professora Eliane Kormann, a alfabetização precisa ser um dos temas centrais da educação, visto a alta taxa de analfabetismo no país. Em pesquisa divulgada pelo IBGE, em junho de 2023, mesmo que em queda, o analfabetismo no Brasil ainda se apresenta com alto índice. A taxa recuou de 6,1% em 2019, para 5,6% em 2022, o que significa que 9,6 milhões de pessoas ainda não sabem ler e escrever. Santa Catarina é um dos estados que tem as menores taxas do país, com 2,2% em relação à maior, com 14,8%, no estado do Piauí. Outro dado apresentado é do perfil de brasileiros considerados analfabetos. As maiores taxas de analfabetismo são entre as pessoas pretas ou pardas com idade entre 15 anos ou mais.
“Toda sociedade tem uma responsabilidade social para com esse cenário, e mais ainda, os Cursos de Pedagogia, que requerem de seus estudantes e futuros professores de alfabetização, e gestores, uma reflexão que gere um engajamento para criação de políticas públicas. É essencial essa compreensão de que a alfabetização é um elemento base para o exercício da cidadania, pois um sujeito alfabetizado é muito mais consciente e crítico, um protagonista da sua história”, destaca a professora Eliane Kormann.
Confira as fotos da roda de conversa sobre alfabetização: