O Curso de Direito da UNIFEBE relacionou teoria e prática por meio de visitas técnicas à Penitenciária da Região de Curitibanos e à Penitenciária Industrial de São Cristóvão do Sul, na Serra Catarinense. Um grupo de 45 acadêmicos participou das atividades em 6 de novembro, ministradas pelo professor de Direito Penal e Processo Penal, Juscelino Carlos Boos.
A visita técnica faz parte da formação prática dos acadêmicos de Direito da UNIFEBE. Ela contribui para que os estudantes compreendam de forma mais ampla o funcionamento do sistema penal e a importância das políticas de reintegração social.
“O objetivo principal é relacionar a Teoria Geral da Pena com a prática vivenciada nas penitenciárias visitadas. É verificar as espécies de pena, o regime de cumprimento, a progressão e a regressão de regime”, explica a coordenadora do Curso de Direito, professora Anna Lúcia Mattoso.
Atividades desse tipo são recorrentes nas aulas do professor Juscelino Carlos Boos. Ele foi delegado regional em Curitibanos por muitos anos. Portanto, conhece bem a realidade das duas unidades.
“Eu sempre trago as turmas para conhecer a penitenciária. Além de observar os regimes de cumprimento de pena, é uma oportunidade para entender o trabalho desenvolvido pelos detentos. A ociosidade é um problema sério nos presídios, e o trabalho é fundamental para combatê-la e contribuir para a ressocialização”, destaca.
O grupo da UNIFEBE pôde observar algumas características importantes das penitenciárias, como a redução da ociosidade por meio de trabalhos com estofados, móveis e agropecuária. Há também projetos ambientais e de reaproveitamento.
Expansão de horizontes
As visitas foram fundamentais para os estudantes, conforme relata a acadêmica Luana Vitória Henkel. A experiência proporcionou às turmas uma compreensão mais profunda dos desafios enfrentados pela Polícia Penal.
“Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a realidade dos detentos. Durante a visita, fomos acompanhados por policiais treinados, que nos mostraram as áreas de trabalho, estudo e lazer de quem cumpre pena.”
Ver tudo tão de perto ajudou a desmistificar a imagem que se tem das penitenciárias. Assim relata a acadêmica Riane Souza. “Nós vemos como ‘funciona’ nas séries e nos filmes, até chegarmos lá e percebermos que a realidade é bem diferente. Acredito também que é uma oportunidade para expandir os horizontes e conhecer o trabalho do policial penal. É uma carreira que talvez muitos de nós não pensamos em seguir.”
Para Adriano Jacobsen, a experiência foi tão interessante que poderia ser repetida no futuro. “Foi muito bacana mesmo. A gente deveria ir a outras penitenciárias também, talvez aqui da nossa região. Porque tudo o que vimos em sala de aula, conseguimos ver na prática. Conseguimos ver lá o que é um preso no regime fechado, no regime semiaberto. […] A UNIFEBE está de parabéns pela viagem. E agradecemos ao professor Juscelino.”