A estrutura da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, entre os municípios de Apiúna, Ibirama e Lontras foi o destino de visita técnica de acadêmicos e professores do Curso de Engenharia Civil da UNIFEBE. O cronograma de visita ao local fez parte do componente curricular de Gestão Ambiental e possibilitou ao grupo conhecer mais sobre a estrutura e funcionamento da usina.
Com potência instalada de 191,89 megawatts, a Usina Hidrelétrica de Salto Pilão tem energia suficiente para atender à demanda de 28 municípios do Alto Vale e parte do Médio Vale. Um dos diferenciais é que a estrutura da usina não utiliza reservatório de acumulação de água, conforme salienta a coordenadora do curso de Engenharia Civil, professora Vivian Siffert Wildner.
No caso da Usina Hidrelétrica de Salto Pilão, aproveitando o desvio natural do relevo, foi perfurado um túnel subterrâneo por dentro da montanha para a queda d´água passar pelas turbinas e gerador produzindo energia elétrica. “A visita técnica mostra aos acadêmicos como a Engenharia Civil pode utilizar recursos naturais para produzir energia elétrica com menor impacto ao meio ambiente”, descreve a professora. “Visitando o local e conversando com os técnicos em campo, os acadêmicos têm maior percepção da grandiosidade e complexidade da obra e entendem como a engenharia pode ter soluções inteligentes”.
Já a professora Tamily Roedel salienta a possibilidade de os acadêmicos identificarem os aspectos e impactos ambientais da instalação, assim como da operação do empreendimento durante o roteiro. Segundo a professora, a visita também possibilitou observar e avaliar as medidas de mitigação.
“Os acadêmicos aproveitaram cada momento nas instalações. É interessante perceber que, mesmo para uma obra tão complexa, ainda assim, as escolhas feitas na instalação causaram menos impactos do que outras Usinas Hidrelétrica”, avalia.
Impacto ambiental
O acadêmico de Engenharia Civil, Marco Antonio Bernardi Dall Antonia, acredita que a visita complementou a percepção sobre como a atuação do engenheiro civil pode alterar o meio em que está inserido. “Percebemos que, além de realizarem uma obra com uma baixa interferência na região que está inserida, com relação às outras barragens de represamento, proporcionam também o abastecimento das cidades em seu entorno”, descreve o acadêmico.
Ainda com relação à visita, Marco reforça a preocupação ambiental envolvida no projeto. Ele ressalta as adaptações e o papel da engenharia no processo. “Essa usina foi pensada para minimizar o dano possível nas vegetações em seu entorno, então, as torres de transmissão de energia são mais altas para não ser preciso cortar as árvores e todo o material rochoso retirado durante as obras foi doado aos municípios. Isso tudo mostra que nós, futuros engenheiros civis, temos uma grande responsabilidade tanto social quanto ambiental”.