Os acadêmicos da 1.ª e da 3.ª fase do curso de Psicologia da UNIFEBE realizaram visitas técnicas para conhecer a atuação do Lar da Criança Feliz. O espaço, sediado em Itajaí, presta acolhimento provisório para crianças e adolescentes.
A visita foi parte do componente curricular de Psicologia Escolar e Educacional e, segundo a professora Luzia de Miranda Meurer, possibilita que os estudantes reflitam sobre as conexões entre a psicologia e a educação nos contextos atendidos pela instituição.
O modelo de serviço no espaço é descrito por ela como uma tentativa de promoção de acolhimento e reprodução de um ambiente familiar para as crianças e adolescentes atendidos. Não raro, os jovens atendidos no espaço convivem com uma situação de vulnerabilidade social e têm, no serviço uma oportunidade de proteção e desenvolvimento emocional.
“O contato direto com este tipo de serviço permitirá que os acadêmicos compreendam melhor as políticas públicas de proteção social e os diferentes contextos em que o desenvolvimento infantojuvenil pode ser impactado por situações de abandono ou negligência familiar”, descreve.
A professora acredita que a atividade permitiu uma vivência prática sobre a aplicação das competências relacionadas à atuação profissional. Exemplifica com a escuta empática, a observação crítica e a possibilidade futura de formulação de intervenções que promovam o resgate da autoestima, a construção da autonomia e o fortalecimento de vínculos sociais.
Experiência marcante
Para a coordenadora do curso de Psicologia, professora Andréia Martins, a atividade proporciona o contato com aspectos práticos da realidade profissional e soma-se aos estudos realizados em sala de aula, como a leitura de textos, estudos de caso e artigos.
“A visita contribuiu de forma significativa para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, ampliando a minha visão e me fez refletir sobre como poderei me envolver em situações semelhantes no futuro com um olhar mais empático e sensível”, descreve.
A colega de curso, Gabrieli Amabili Doas Santos, da 1.ª fase, reforça a percepção apresentada por Amanda e os reflexos da visita na sua forma de encarar as adversidades. “Uma ação, mesmo que pequena, pode trazer um resultado positivo, como uma conscientização coletiva. Não podemos apenas presenciar tudo isso e voltar à nossa realidade como se nada tivesse acontecido”, avalia.