Os calouros do curso de Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE tiveram uma aula diferente na noite de quarta-feira, 22. No Centro da cidade, os estudantes, divididos em três grupos, fizeram uma ação de panfletagem e distribuíram “Autoclassificados Poéticos” aos pedestres.
A atividade prática faz parte de um projeto interdisciplinar do curso que reuniu as cinco disciplinas do primeiro semestre, com orientação dos professores Silvia Teske, Rafael Zen, Robson Souza, Fabiana Boos e Igor Pinheiro. A distribuição de panfletos deu-se a partir da busca pela linguagem dos classificados, a primeira forma de publicidade existente na sociedade pós Revolução Industrial.
“O objetivo da atividade é fazer com que o aluno resgate esse tipo de anúncio e compreenda as linguagens persuasivas que ele contém. Este é um jeito de resgatar a própria história da publicidade e fazer com que o aluno compreenda esse tipo de carga teórica na prática”, afirma Rafael Zen, professor da disciplina de Introdução à Publicidade e Propaganda.
Cada aluno criou seu classificado a partir de objetos e sentimentos não negociáveis. Assim, corações quebrados, pedaços de céu, guarda compartilhada de amigos imaginários, inspiração, nuvens de sentimentos aleatórios, entre outros, foram vendidos/trocados/comprados/alugados em panfletos criados nas aulas de História da Arte e Comunicação Visual. Além das frases, os grupos criaram uma arte inspirada em movimentos artísticos.
A professora História da Arte, Silvia Teske, explica que os momentos culturais Pop Art, Dadaísmo e Art Noveau inspiraram os alunos na busca por costuras entre a produção textual e gráfica. “A atividade foi um momento importante onde os alunos puderam reunir o conhecimento obtido durante o semestre e o aplicaram na prática. A ideia de colocá-los em contato direto com a comunidade também permite que eles meçam a temperatura do público: enquanto algumas pessoas param, questionam, pedem mais – outras nem aceitam o material”, conta.
A acadêmica Daiane Samara Amorim aprovou a ideia. Para ela, mostrar os classificados feitos em sala para a população é uma oportunidade de divulgar os trabalhos dos alunos. “Achei a ideia fantástica. Sair do campus, mostrar nossas ideias e o que fazemos. Ainda mais com uma ação que o público acha que sabe o que vai ler, mas não sabe. O contato com diversos tipos de pessoas, que andam pela rua, faz com que tenhamos uma visão maior de quantos tipos diferentes de pessoas podemos atingir com nosso trabalho”, conta. Os alunos produzirão um relatório sobre a atividade, que será avaliado em banca no mês de junho.
Texto: Suellen Pereira Rodrigues / Fotos: Divulgação
Publicado por: Assessoria de Comunicação Social
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