Na noite desta segunda-feira, 25 de março, foi realizada a reunião do Conselho Deliberativo da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). O evento contou com a presença de representantes do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE) para falar sobre o lançamento do curso de Medicina. Também participaram do encontro membros do corpo clínico e técnico do Hospital Azambuja.
— Fico surpreso com esta nova direção do Ensino Superior em Brusque, a partir do lançamento do curso de Medicina, que vai trazer grandes benefícios para a cidade e a região. Penso que o modelo implantado será fantástico, porque os jovens terão a oportunidade de aplicar na prática o que aprendem na teoria. E eu só acredito no desenvolvimento que passa pela educação, são esses jovens que farão a diferença no nosso país — afirma o presidente do Conselho Deliberativo da ACIBr, o empresário Edemar Fischer.
O reitor da UNIFEBE, Günther Lother Pertschy, que em abril encerra seu mandato após oito anos (duas gestões) frente à Universidade, destaca que o curso de Medicina é a concretização de um dos objetivos do planejamento estratégico traçado em 2012.
— É uma forma de contribuir com a comunidade de Brusque e região. Nossa proposta é trazer bons profissionais para que se fixem na cidade e minimizem o problema da falta de médicos especialistas. Ganha o cidadão, que recebe um tratamento diferenciado, uma vez que queremos formar médicos que não são apenas bons técnicos nas suas áreas, mas seres humanos mais completos, capazes de ouvir o outro — avalia o reitor.
A reitora eleita da UNIFEBE, Rosemari Glatz, que assume o cargo no dia 9 de abril, também participou da reunião.
— É uma oportunidade de apresentar as particularidades do curso e de responder dúvidas sobre o processo de ensino-aprendizagem, a estruturação dos laboratórios, formação do corpo técnico docente, entre outros. É importante esclarecer todas as questões para que os empresários conheçam o processo e nos apoiem — detalha Rosemari.
O curso
O coordenador do curso de Medicina da UNIFEBE, o médico neurologista, Dr. Osvaldo Quirino de Souza, reforçou que a possibilidade foi vislumbrada pela primeira vez em 2012 e, desde então, integra o planejamento estratégico da Universidade. O primeiro passo foi a formação de um grupo de trabalho, que passou pelos trâmites legais do Ministério da Educação e do Conselho Estadual de Educação, alcançando o decreto do Governo de Santa Catarina em 2 de abril de 2018.
— Vamos ensinar a medicina de forma tradicional ou buscar inovação? A reitoria optou pelas metodologias ativas, uma mudança no paradigma de ensino que foi iniciado em 1998 na Universidade Estadual de Londrina. Neste método o aprendizado está baseado em problemas e a principal função é integrar todas as formas de conhecimento. Desde o primeiro ano o aluno já tem contato com o posto de saúde e começa a aprender na prática —afirma Souza.
Segundo ele, são seis anos de curso, divididos em três ciclos. O objetivo é formar médicos generalistas, capazes de atuar na atenção primária de saúde e no pronto-socorro.
Outra novidade é a avaliação que, na metodologia adotada, será conceitual e estará pautada em habilidade, conhecimento e atitude. Também estão previstas disciplinas extras, como a psicologia médica desde o primeiro ano, para melhorar a relação entre médico e paciente, considerada a base para qualquer tratamento.
— Sonho que este curso possa ser um dia, não muito distante, uma das melhores formações de Medicina do Sul do país. Temos o desejo de acertar, formar pessoas boas, capazes, éticas, que possam contribuir com a sociedade e fazer com que o mundo seja melhor — ressalta o coordenador.
Conteúdo produzido em parceria com a Ideia Comunicação/ACIBr