“Toda experiência, toda vivência traz contribuições na formação dos acadêmicos. Era muito importante que conhecessem outras realidades que não só a APAE, onde estão fazendo o estágio. Foram realidades muito diversas que sacudiram os acadêmicos de tal forma que provocaram um desequilíbrio no conhecimento. E esse desequilíbrio é importante para abrir espaço para a pesquisa e a construção de novos conhecimentos”, descreve a coordenadora.
Diferentes instituições dedicadas ao ensino e atendimento de pessoas com deficiência de Brusque e região participaram de atividades com acadêmicos de Educação Especial da UNIFEBE ao longo do semestre 2024.2. As atividades fizeram parte da Curricularização da Extensão do curso.
No mês de setembro, acadêmicos e acadêmicas puderam participar de uma visita à Associação de Pais, Profissionais e Amigos dos Autistas de Brusque e Região (AMA), onde puderam conhecerem a estrutura de trabalho e equipe da entidade. No mesmo mês, o grupo visitou a Casa Assistencial Cagere e o Lar Menino Deus.
As atividades, os serviços prestados e a forma de atuação do Lar Sagrada Família foram tema de uma roda de conversa virtual, realizada em outubro, por meio da qual o grupo conheceu a instituição. Já na segunda quinzena, foi a vez de uma visita à escola Charlotte, referência no atendimento e estimulação de crianças com Síndrome de Down e outros comprometimentos.
Na avaliação da coordenadora do curso de Educação Especial, professora Raquel Maria Cardoso Pedroso, o roteiro de visitas foi importante para oportunizar contato dos acadêmicos com os espaços e profissionais que fazem o atendimento voltado para o público da educação especial, sendo espaço especializado ou não.
Experiência significativa
Para a acadêmica Maria Eduarda Batista Tiago, a possibilidade de interação com as diferentes formas de trabalho foi uma experiência “significativa e diferenciada”. Segundo ela, com a programação foi possível ver a prática da educação especial em contextos diferentes, não limitados a escolas.
“Foi muito importante conhecer o papel dos profissionais de educação especial que atendem essas pessoas em outros tipos de espaço e de convivência, como é importante também para as pessoas com deficiência terem essas instituições, porque é ali que elas passam a maior parte do tempo e conseguem ir desenvolvendo questões de aprendizagem e socialização”, descreve.
Durante as visitas, ela destaca o papel multidisciplinar das equipes envolvidas no trabalho e o foco em cada demanda das pessoas atendidas. “Percebemos como não se limita somente a um tipo de segmento na área de educação especial. Foi uma vivência significativa, que eu acredito que tocou bastante todos os acadêmicos do curso”, afirma.