O esporte como meio de inclusão nas escolas da rede pública de ensino foi o tema das ações de extensão desenvolvidas, no primeiro semestre, pelos acadêmicos de Educação Física do Centro Universitário de Brusque (UNIFEBE).
Para falar sobre acessibilidade e inclusão esportiva com os alunos do Ensino Médio, orientados pelos professores do curso, os próprios estudantes de graduação planejaram e executaram aulas teórico-práticas de educação física adaptada nas Escolas de Educação Básica Osvaldo Reis e João XXIII, em Brusque.
O coordenador do curso de Educação Física da UNIFEBE, professor João Derli de Souza Santos, explica que o desafio dos futuros profissionais era preparar atividades que pudessem incluir todos os alunos do ensino médio da escola. Nesse sentido, as práticas esportivas foram definidas pelos acadêmicos a partir de uma série de estudos e palestras com professores de educação física que atuam com deficientes visuais e físicos, em Organizações Não Governamentais (ONGs).
“O objetivo da atividade era fazer com que os acadêmicos conhecessem as realidades e soubessem aplicar a adaptação das atividades convencionais para uma sala de aula que tenha um aluno deficiente ou com limitações. Em atividades como essas, com certeza instigamos no futuro professor um olhar sensível, para que ele saiba desenvolver as potencialidades de todos por meio da educação física, visando uma sociedade mais justa e inclusiva”, detalha João Derli.
Já na EEB Osvaldo Reis, os acadêmicos de Educação Física da UNIFEBE promoveram um circuito sensorial, atletismo e boliche adaptado, aula de Hip Hop, boxe chinês e Karatê. “Essa interação entre os acadêmicos e os nossos estudantes contribui para que eles tenham outra visão sobre o que é ser universitário e a importância do ensino superior para o futuro. Além disso, por meio das práticas esportivas adaptadas, incutimos o respeito à diversidade e a necessidade da inclusão”, complementa o diretor da EEB Osvaldo Reis, Eder Carlos Schmidt.
Vinicius Alves é acadêmico da 1ª fase do curso de Educação Física da UNIFEBE e as ações de extensão foram seu primeiro contato prático com a atuação profissional. “A curricularização da extensão é uma experiência muito válida para a nossa formação profissional, mas principalmente para a nossa formação como seres humanos. Foi muito bom ter essa troca com os alunos, nosso primeiro contato com a didática e com ensinar educação física. Melhor ainda foi despertar neles, por meio do esporte, a importância da inclusão”, afirma Vinicius.
Curricularização da Extensão
A pró-reitora de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura da UNIFEBE, professora Edinéia Pereira da Silva, elucida que a Curricularização da Extensão integra a formação acadêmica dos estudantes e promove intervenções que estimulam a construção e o desenvolvimento do aluno como cidadão.
Os projetos, programas, cursos, oficinas, eventos e até prestação de serviços, desenvolvidos na Curricularização da Extensão articulam ensino, pesquisa e extensão de modo interdisciplinar, político educacional, cultural, científico e tecnológico. “As atividades desenvolvidas são relacionadas à formação universitária do estudante, que desenvolve trabalhos que contribuem com a comunidade e promove um diálogo construtivo e transformador entre a universidade e a sociedade”, ressalta a professora Edinéia.