A sensibilidade da UNIFEBE sobre as questões comunitárias do seu entorno é uma das suas principais características. Exemplo disso é que por meio de um projeto de avaliação da capacidade cognitiva de crianças e jovens, do curso de Psicologia, a Instituição colabora para que atletas com deficiência intelectual do Projeto Transcender de Brusque possam participar de competições paradesportivas.
Realizado desde 2017 por seis acadêmicos, supervisionados pela professora Jeisa Benevenuti e estabelecido nas orientações do Conselho Federal de Psicologia, a atividade é vinculada ao Laboratório de Avaliação Psicológica da Clínica Escola e Serviços de Psicologia da UNIFEBE.
Jeisa, responsável pela Clínica Escola, explica que a avaliação é realizada por meio do instrumento WISC-IV (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças quarta edição), de entrevistas e observação. Conforme ela, em processos de avaliação psicológica é crucial a articulação de dados de natureza da observação comportamental, com os dados da entrevista e com o desempenho na respectiva escala de inteligência.
Devido ao alto custo do psicodiagnóstico — entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil em clínicas particulares — os atletas do projeto somente conseguiram participar das disputas porque obtiveram o laudo da UNIFEBE. Nestes dois anos foram oito diagnósticos realizados.
— Para nós é importante realizarmos os laudos, gratuitamente, para os atletas do projeto. A técnica é complexa e exige muitas competências dos alunos, o que demonstra o alto nível do curso. É um trabalho de desenvolvimento das competências, relacionada a área de avaliação, que promove a formação acadêmica — enfatiza Jeisa.
A aluna da 10ª fase, Patrícia Zogbi dos Santos, destaca que é essencial o desenvolvimento deste tipo de atividade para a formação e promoção de habilidades acadêmicas.
— É um instrumento especifico da prática da Psicologia e colabora para a minha formação, além de ser um diferencial da UNIFEBE oferecer esse tipo de trabalho para a comunidade — observa.
O projeto
O projeto Transcender foi idealizado há 15 anos pelo professor José Antonio Gonçalves Rios e foi um marco no treinamento para pessoas portadoras de deficiência em Brusque e região. Atualmente 27 atletas de deficiência intelectual que praticam basquete (masculino), natação e bocha (feminino e masculino) integram o projeto.
Para Rios, se não fosse a colaboração da UNIFEBE os atletas não teriam condições de participar das competições estaduais e nacionais.
— É de fundamental importância a parceria com a UNIFEBE. Só temos a agradecer a Instituição por ter aberto às portas para o nosso projeto e nos permitir continuar o sonho de participar de tantas disputas paradesportivas e levar o nome de nossa região para tantos lugares — ressalta Rios.