O curso de Pedagogia da UNIFEBE realizou oficinas de Robótica Educacional, nas quais a principal proposta foi a formação em Robótica e Pensamento Computacional das acadêmicas. Essa proposta está diretamente relacionada a “cultura maker”, que tem como conceito principal a tese de que qualquer pessoa, dotada das ferramentas certas e do devido conhecimento, pode criar as suas próprias soluções para problemas do cotidiano é considerada um elemento fundamental no contexto educacional.
O projeto foi elaborado em parceria com os professores Júlio Cesar Frantz e Milton Augusto Pinotti dos cursos de Engenharia da instituição. “Nos últimos anos, o estudo da robótica tem despertado o interesse de educadores e pesquisadores, sendo classificado como um valoroso recurso a ser aplicado para o desenvolvimento cognitivo e habilidades sociais de alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio”, ressalta o professor Júlio.
Coordenadora do curso, a professora Eliane Kormann, destaca que a formação em cultura digital e a construção de um pensamento científico, crítico e criativo, são competências trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sendo compatíveis com a proposta de resolver problemas e exercer o protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. “Esse tipo de abordagem já faz parte da prática pedagógica nas redes de ensino nas quais crianças e jovens estão inseridos nessa abordagem. Por isso, há a necessidade do curso construir essa competência na formação dos futuros pedagogos”, aponta a professora Eliane.
As acadêmicas construíram maquetes utilizando-se do Arduino, uma plataforma de hardware open source, projetada sobre um microcontrolador que tem o funcionamento semelhante a um computador. Dessa forma, o Arduino pode ser programado permitindo a elaboração de projetos com um conhecimento mínimo ou até mesmo nulo de eletrônica. Elas aprenderam a instalar e acender luzes de led nas maquetes, além de descobrirem como programá-las.
A robótica faz parte das aulas de Ciências Humanas II (Geografia), uma das disciplinas do curso. Conforme o professor Marcelo Noldin, essa experiência trouxe uma proposta diferente para o ensino-aprendizagem com as acadêmicas. “A oficina evidenciou a importância do trabalho em equipe, da resolução de problemas e do protagonismo do estudante durante a construção do conhecimento. Foi uma vivência de grande valia para o uso da tecnologia e promoção da interdisciplinaridade”, ressalta.
De acordo com a acadêmica Alicia Falcão Gartner, a partir das aulas práticas da oficina foi possível compreender melhor os conceitos teóricos. “Essas aulas nos trouxeram grandes aprendizados, pois tivemos que trabalhar bastante em equipe. Acredito que aprendemos bastante a base da elétrica e da robótica com a parte tecnológica, para trabalhar com alunos da Educação Infantil e dos Anos Iniciais. Penso que devemos nos aprofundar ainda mais no assunto para trabalhar com as crianças de forma leve e lúdica”, conclui.
