Uma série de atividades práticas aproximou os acadêmicos do curso de Engenharia Química do Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE da rotina e ambiente da análise e produção, em um cenário industrial. Além de servir como preparação para a atuação profissional e prática da teoria trabalhada durante a formação, os experimentos foram uma oportunidade de os acadêmicos conhecerem sobre o funcionamento de equipamentos e rotinas do setor.
A preparação envolveu o desenvolvimento de cálculos de concentração de soluções, determinação de massa para elaboração de soluções específicas e reforço da técnica e precisão no preparo de soluções químicas, parte da rotina dos laboratórios. A segurança foi outro fator importante ao longo da atividade, com orientações sobre o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e práticas de manuseio seguro no ambiente.
Ao longo da atividade, eles puderam fazer testes, como a análise granulométrica, prática de volumetria, prática de difusividade e a Lei de Fick, identificação de indicadores de pH, síntese do alúmen de alumínio e potássio, identificação de cátions, identificação de microrganismos, identificação de carboidratos, produção de geleias, hambúrgueres e maionese, preparo de soluções.
“As aulas práticas oferecem um aprendizado enriquecedor, permitindo que os acadêmicos de Engenharia Química vivenciem os processos em laboratório e compreendam de forma aprofundada como a teoria científica em componentes curriculares como operações unitárias, química analítica, química orgânica, engenharia bioquímica e engenharia de alimentos são aplicadas a situações reais”, afirma o professor Heitor Paloschi.
Preparação para a atuação profissional
Segundo ele, durante as atividades, os acadêmicos podem reproduzir experimentos que serão essenciais no ambiente de trabalho em uma escala reduzida. A atividade, indica o professor, facilita a assimilação dos conceitos e o desenvolvimento de habilidades técnicas. “Essas experiências são fundamentais para transformar o conhecimento teórico em competências práticas, formando profissionais mais preparados para os desafios da engenharia”.
A avaliação é reforçada pela coordenadora do curso de Engenharia Química, professora Rafaela Bohaczuk Venturelli Knop, que salienta a experiência gerada com as práticas proporcionadas pela atividade. Segundo ela, o preparo recebido durante a formação exerce papel importante na atuação dos futuros profissionais do setor.
“A vivência prática fortalece não apenas a assimilação dos conceitos teóricos, mas também a capacidade de resolução de problemas, tomada de decisão e trabalho em equipe, que são competências fundamentais para a formação de engenheiros químicos preparados para os desafios do mundo do trabalho”, indica. “Atividades como essa estimulam o pensamento crítico, consolidam a base de conhecimento e formam profissionais mais bem confiantes e prontos para enfrentar as demandas da indústria química”.
A acadêmica Camila Picoli avalia que a atividade auxilia na integração dos conhecimentos trabalhados em componentes curriculares como Operações Unitárias I e II. “Recentemente realizamos um experimento sobre a síntese do alúmen de alumínio e potássio, um experimento bastante interessante, que traz o conceito até mesmo de reciclagem de metal”, relata.
Segundo ela, as práticas são uma ferramenta valiosa por trazer uma clareza acerca dos processos industriais. “Como temos outras aulas práticas na graduação e por experiência profissional, já tive contato com os equipamentos de laboratório, mas esse experimento foi inédito”, descreve.