Ao longo da primeira semana de programação do Projeto Executa, acadêmicos dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo participaram de uma imersão sobre as técnicas de industrialização de construções e habitações consideradas de interesse social. Os projetos desenvolvidos ao longo de 2025 participarão de concurso que escolherá uma casa prevista para ser construída em terreno cedido pela Prefeitura de Brusque.
O projeto deve seguir os critérios estabelecidos para as habitações populares do Ministério das Cidades e utilizar o Sistema de Construtivo Modular da Fischer. A edificação, que deve ser construída pela empresa brusquense, será de uso da Associação de Moradores do Bairro Planalto.
Para abordar o tema da edição da Curricularização da Extensão, os coordenadores dos cursos de Engenharia Civil, professora Vivian Siffert Wildner e de Arquitetura e Urbanismo, professor Marcelius Oliveira de Aguiar, mediaram um podcast. Eles receberam o vice-prefeito e Secretário de Infraestrutura Estratégica (SIE) da Prefeitura Municipal de Brusque e o Engenheiro Mecânico e Projetista de Produto do departamento de Engenharia do Sistema Construtivo Modular da Fischer, Iuri Radunz.
“A atividade é importante para atualizar os acadêmicos sobre os métodos construtivos industrializados, que estão cada vez mais frequentes, e para mostrar a importância de se pensar em habitação de interesse social. Essas temáticas são essenciais para o processo de formação dos acadêmicos”, descreve a professora Vivian sobre a atividade de a curricularização. Ela salienta a possibilidade de parceria entre o setor público, o setor privado e o acadêmico. “Vai beneficiar todos os envolvidos. Isso mostra a importância da UNIFEBE conectar diferentes setores da sociedade para promover a inovação”.
Foco anual
Com os projetos sendo sendo desenvolvidos até o fim do ano, como relata o professor Marcelius, os acadêmicos poderão desenvolver novas propostas de projetos arquitetônicos, elétricos, hidráulicos e estruturais, utilizando o sistema modular. Com a amplitude da iniciativa e limitações estabelecidas pelos padrões do modelo, ele classifica a iniciativa como desafiadora.
“Esses módulos industrializados são práticos e fáceis de serem produzidos e montados, diminuindo significativamente o processo de construção e sendo de baixo custo”, avalia o acadêmico. “Creio que o tema foi uma boa escolha e a proposta gerou muitas boas ideias. Na minha profissão, vou encontrar muitos desses casos de habitação social e acredito que, com a base que estamos desenvolvendo, conseguirei auxiliar, criar e inovar da melhor forma”. Indica.
Em linha semelhante, o acadêmico do curso de Engenharia Civil, João Paulo Martins, acredita que a experiência proporcionada pelo projeto pode se refletir na sua futura atuação profissional. “Acredito que projetos como esse irão ganhar muita força no futuro, fazendo com que precisemos nos adaptar e desenvolver projetos cada vez melhores”, projeta.
Segundo o acadêmico, a possibilidade de participar das visitas técnicas e palestras também foi uma etapa importante para conhecer mais sobre o tema. Os roteiros técnicos envolveram a estrutura modular da Escola João Boss, em Guabiruba.
Durante a programação, palestras virtuais abordaram temas como o uso da Modelagem de Informação na Construção ou BIM, com o CEO da ConstruÁgil, Ary Manoel Onofre Jr. Já Claudia Elisa Poletto apresentou a palestra “Habitação social na Frei Damião”. Os acadêmicos ainda puderam acompanhar a apresentação do projeto desenvolvido pela Frente de Habitação da residência em ATHIS/UFSC 2024, por Júlia De Fáveri e a professora da UNIFEBE, Alexssandra da Silva Fidelis, com o diagnóstico e propostas ao Plano Diretor de Brusque.