Com projetos elaborados desde novembro, as vigas desenvolvidas por acadêmicos dos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Química, Engenharia Mecânica e Engenharia de Produção da UNIFEBE passaram por testes nesta primeira quinzena de dezembro. Elas foram fabricadas e testadas como parte do Desafio do componente curricular Mecânica dos Sólidos e deveriam seguir parâmetros estabelecidos pelo desafio.
Para a avaliação, as vigas foram feitas em moldes na forma de um paralelepípedo com 40 centímetros de comprimento, 10 centímetros de largura por 10 centímetros de altura. Eles foram preenchidos pelos acadêmicos e testados com força concentrada aplicada no centro da viga sobre apoios com distância de 37 centímetros.
Para o professor Luciano Pinotti, que acompanhou a elaboração e testes do desafio, a atividade aproxima os acadêmicos de suas futuras atuações por envolver diferentes estágios e etapas que são recorrentes nas respectivas áreas do conhecimento, como projetar, fabricar, supervisionar a fabricação, assim como elaborar ensaios dos elementos, avaliações e comparações com os materiais projetados.
“Os acadêmicos precisam procurar uma solução mais eficiente possível para a viga, dentro das dimensões e materiais disponíveis. A solução mais eficiente, que envolve suportar a maior carga com o menor custo possível, é a vencedora. Nesse sentido, a criatividade, pesquisa e precisão nos cálculos devem ser aplicados e a maior dificuldade é conseguir aplicar a solução proposta ao método de fabricação disponível”, descreve Pinotti.
Ele destaca o comprometimento dos participantes com os resultados atingidos e as alternativas buscadas por eles. Na avaliação dele, as equipes vencedoras se destacaram pela precisão e eficiência. “As soluções apresentas já me surpreenderam, algumas inéditas, com criatividade aplicada, nada de soluções que não podem ser aplicadas, mas bem criativas, ou seja, diferentes dos exemplos citado. A busca pela melhor solução trouxe questões sobre detalhes nos dimensionamentos que, em sala de aula, passam despercebidos, mas que fazem a diferença. Nível técnico elevado”, resume.
Desafio e experiência
Um dos destaques do desafio foi o teste feito pelo acadêmico de Engenharia Civil, Luís Felipe Amora. Ele integra a equipe campeã da etapa que reuniu acadêmicos do curso, além Engenharia Química.
Segundo ele, a atividade foi interessante e complexa. Para a prova, a equipe buscou a melhor relação do índice financeiro por resistência. Ele lamenta que a viga tenha trincado durante a deforma, após a cura do concreto e acredita que seria possível ter atingido um melhor desempenho sem o problema de resistência. Apesar de o problema, Luís Felipe acredita que a experiência terá reflexos importantes para o futuro. “Acreditamos que o mais importante para a carreira profissional seja sobre essa relação. A parte mais complexa foi, sem dúvida, os cálculos e necessitamos de vários testes até chegarmos neste resultado”, indica.
Da Engenharia Mecânica veio a equipe vencedora da etapa com o curso de Engenharia de Produção. Para o acadêmico Gabriel Hoefelmann, integrante da equipe campeã da noite, o foco nos critérios mais importantes no desafio foi fundamental para o resultado. Com base nos critérios, o estudante afirma que grupo buscou a geometria que tivesse o melhor desempenho e resultados possíveis.
Para ele, a experiência no desafio foi válida por trazer uma perspectiva que aproximou os acadêmicos de necessidades reais na sua futura atuação. “A inclusão de um critério financeiro foi importante para dar uma ideia de compromisso com quem estaria pagando, para buscar um equilíbrio entre performance e os custos. É uma maneira de exercitar isso, só vamos conseguir construir algo se conseguir convencer que é o melhor custo e a melhor performance”.