Anualmente, os órgãos de saúde intensificam, por meio da campanha Setembro Amarelo, as ações de conscientização voltadas à saúde mental e de prevenção ao suicídio. Com o intuito de trabalhar com a comunidade e atender a uma demanda da própria sociedade, o curso de Psicologia da UNIFEBE desenvolveu uma série de atividades em alusão ao Setembro Amarelo, no bairro Limeira Baixa, em Brusque.
Supervisionados pelo professor André Thieme, os acadêmicos da 2.ª, 3.ª, 6.ª e 8.ª fases do curso elaboraram uma cartilha de conscientização, além de uma estratégia de intervenção para trabalhar o tema com os jovens e adultos do bairro. “Os estudantes promoveram rodas de conversa que instigavam a reflexão sobre questões emocionais e pessoais. A partir do bate-papo com os participantes eles apresentavam algumas questões relacionadas a rede de apoio e de como essas pessoas poderiam buscar ajuda”, relata o professor.
As ações do Setembro Amarelo foram realizadas com os alunos da Escola de Educação Fundamental Alexandre Merico e com os colaboradores da Unidade Básica de Saúde Limeira. “Falamos sobre o bem-estar psicológico e desmistificamos algumas questões referentes ao suicídio. A iniciativa teve uma repercussão bem positiva e também foi aplicada com os servidores do Centro de Educação Infantil Ateliê do Saber, no bairro Jardim Maluche”, acrescenta o professor.
A acadêmica Vanessa Coelho, da 8.ª fase do curso de Psicologia, foi uma das estudantes que participou do projeto desenvolvido com a comunidade externa. Questionada sobre como foi trabalhar o tema com a sociedade, a futura profissional de psicologia revela que foi perceptível a deficiência de informações sobre os assuntos. “Ficou nítida a necessidade que tanto os alunos quanto os profissionais têm de falar. De falar de si e daquilo que eles estão sentindo. Então poder ter essa percepção nos proporciona aplicar essa escuta, a empatia e o acolhimento. Por fim, saímos das ações com a sensação de dever cumprido, mas ao mesmo tempo, com a certeza de que podemos fazer mais como profissionais. De que devemos propor estratégias para tocar esse público que, às vezes, está tão longe dessa realidade do campo da psicologia”, revela a acadêmica.
Um dos focos das atividades, comenta a coordenadora do curso, professora Andréia Martins, era de conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio. Segundo a psicóloga, as pressões sócio-econômicas e os impactos emocionais decorrentes da pandemia de COVID19, por observação empírica dos serviços de saúde, também se traduziu em agravos da saúde mental nos últimos anos, com buscas mais frequentes aos serviços de saúde mental, incluindo a Clínica Escola e Serviços de Psicologia da UNIFEBE. “Precisamos falar sobre esses temas, que às vezes são tão delicados, sensíveis e para algumas pessoas até doloridos. Proporcionar que os nossos estudantes vivenciem isso na própria comunidade faz com eles entendam as necessidades e as fragilidades da nossa sociedade”, enaltece a coordenadora.
Confira algumas fotos das ações: